'A Justiça Eleitoral brada por respeito e alerta que não se renderá', diz Fachin, em posse
Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes tomaram posse, na noite desta terça-feira, 22, como presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, respectivamente. Os dois permanecerão nos cargos até agosto, mês em que terá início a campanha para o pleito de outubro. Jair Bolsonaro não prestigiou a cerimônia virtual. Em ofício enviado ao TSE,...
Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes tomaram posse, na noite desta terça-feira, 22, como presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, respectivamente. Os dois permanecerão nos cargos até agosto, mês em que terá início a campanha para o pleito de outubro.
Jair Bolsonaro não prestigiou a cerimônia virtual. Em ofício enviado ao TSE, o Planalto explicou que o presidente da República não poderia participar da solenidade devido à "extensa agenda", embora o último compromisso dele tenha acabado às 16 horas. O Executivo foi representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
Sucessor de Luís Roberto Barroso no comando da corte, Fachin usou o discurso de posse para realizar uma defesa incisiva da confiabilidade do sistema eleitoral, condenando as "dúvidas fictícias" levantadas sobre as urnas eletrônicas, alvos de constantes ataques de Jair Bolsonaro.
O ministro classificou o TSE como "incansável fiador da democracia e limite às alternativas opressoras do passado". "As investidas maliciosas contra as eleições constituem em si ataques indiretos à própria democracia, tendo em consideração que o circuito desinformativo impulsiona o extremismo. O Brasil merece mais. A Justiça Eleitoral brada por respeito e alerta: não se renderá. Cumprir a Constituição Federal se impõe a todos", disse, ao microfone.
O novo presidente da corte eleitoral acrescentou que a "democracia é e sempre foi inegociável" e avaliou que líderes e instituições democráticas têm o papel de "repelir a cegueira moral e incentivar a elevação do espírito cívico e condutas de boa-fé que abrem portas ao necessário comportamento respeitoso e dialógico".
No extenso pronunciamento, Fachin elencou os quatro principais desafios de sua gestão:
- Proteger e prestigiar a verdade sobre a integridade das eleições brasileiras
- Fortificar as eleições, "as quais constituem ferramenta fundamental, não apenas para garantir a escolha dos líderes pelo povo, mas ainda para assegurar que as diferenças políticas sejam solvidas em paz"
- Garantir o respeito ao score das urnas
- Combate à "perniciosa" desconstrução do legado da Justiça Eleitoral
"Assumo essa função atento, de imediato, aos árduos desafios da hora que vivemos. Nela, a esperança nos move em direção à cooperação pacífica entre as instituições; cumpre-nos, assim, preservar o patamar civilizatório a que acedemos e evitar desgastes institucionais. Esse patamar a que acedemos é, dentro do marco constitucional, um direito inalienável do povo. Dele retroceder é violar a Constituição", completou.
Prestigiaram a solenidade o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, além do procurador-geral da República, Augusto Aras e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Perfil
Natural da cidade de Rondinha, interior do Rio Grande do Sul, Fachin nasceu em fevereiro de 1958. O ministro graduou-se em Direito em 1980, pela Universidade Federal do Paraná e concluiu mestrado em 1986, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde também fez doutorado, finalizado em 1991.
Edson Fachin ainda acumula em seu currículo acadêmico um pós-doutorado no Canadá, além de ser autor de diversas obras sobre Direito Civil e de artigos jurídicos publicados. O ministro foi empossado como membro do Supremo Tribunal Federal em 16 de junho de 2015. Um ano depois passou a ocupar também o cargo de ministro substituto do TSE.
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Comentários (8)
Vera
2022-02-24 20:29:48Essa chamada justiça eleitoral (em minúsculo mesmo) é cara,inútil, cabide de emprego num país onde metade da população não tem rede de esgoto. Qual a moral de Fachin,depois de uma canetada para livrar Lula, para criticar qualquer coisa?
ARTHUR
2022-02-23 08:10:52Quem solta Lula em uma canetada não tem moral pra falar absolutamente nada.
Paulo Santos
2022-02-23 00:32:56Fachin (nata da bosta), pedindo respeito. Parece piada. Quem pede respeito é o povo brasileiro, pagador de imposto. Estes onze pilantras deveriam ser corridos à ponta-pé. Acorda Brasil!!! MORO 22, última esperança.
Jose
2022-02-22 22:20:57Democracia e justiça acima de tudo. Cadeia para os Bozolulistas!
Bartolomeu
2022-02-22 22:02:20Quem brada por respeito, Fachin, é o povo brasileiro, que vocês da mais alta corte cospem não cara todos os dias, cada dia vomitando uma decisão diferente, dependendo pra quem é a decisão. Você mesmo, é um que um dia já dei meu voto de confiança. Tal quanto o Bozo, traiu meu voto e meus elogios. Vocês não merecem respeito nosso nem dentro da casa de vocês. Quer respeito, faça por merecer! Traidor! MORO2022🇧🇷🇧🇷 + 2 novos ministros do STF + novo PGR e nova Direção na PF.
ANTONIO
2022-02-22 21:12:59A Biba ta doida!
Maria
2022-02-22 21:12:54MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
ANTONIO
2022-02-22 21:11:43Que país é esse? Aonde vamos parar?