A candidatura do rapper Kanye West nos EUA é para valer?
O rapper Kanye West (foto) fez seu primeiro comício de campanha no domingo, 19, em Charleston, na Carolina do Sul. Ao lado de sua esposa, Kim Kardashian, ele apareceu vestido com um colete com a palavra "segurança", discursou contra o aborto, contra a pornografia e caiu em lágrimas. Dias depois, muitos americanos ainda se perguntam se a...
O rapper Kanye West (foto) fez seu primeiro comício de campanha no domingo, 19, em Charleston, na Carolina do Sul. Ao lado de sua esposa, Kim Kardashian, ele apareceu vestido com um colete com a palavra "segurança", discursou contra o aborto, contra a pornografia e caiu em lágrimas. Dias depois, muitos americanos ainda se perguntam se a candidatura de West é pra valer, se é apenas um truque midiático ou um triste retrato de uma estrela perturbada por transtorno bipolar.
A partir do discurso de West, não é possível identificar quem seriam seus eleitores e sua plataforma de campanha. Uma pesquisa recente da consultoria Redfield & Wilton Strategies com 2 mil eleitores apontou que apenas 2% apoiariam West. Mas o rapper entrou tarde na campanha e não conseguiu se registrar em estados como Indiana, Michigan, Flórida, Texas e Carolina do Norte, o que reduz ainda mais suas chances.
Muitos atribuem a decisão de West de se candidatar a um transtorno bipolar. O diagnóstico foi revelado por ele em 2018. "O comportamento dele é errático e suas crenças políticas são baseadas na teoria da conspiração. Ele não tem temperamento para ser um candidato ou um presidente bem-sucedido", diz David James Jackson, professor de ciência política da Bowling Green State University, em Ohio, especializado nas relações entre entretenimento e política. Outra hipótese para explicar a decisão de West é comercial. Nesta sexta, 24, ela lança o seu novo álbum, chamado "Donda".
Nos Estados Unidos, os partidos não controlam o processo como gostariam e qualquer um com fama e dinheiro pode concorrer à presidência de forma independente. Mas dinheiro sobrando não garante a eleição de ninguém. Prova disso é que o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg gastou mais de 1 bilhão de dólares em sua tentativa de ganhar a nomeação pelo Partido Democrata e desistiu no meio do caminho. "Concorrer à presidência é um negócio caro, já que a maior parte dos fundos de campanha são privados. No entanto, um indivíduo rico pode gastar quanto quiser em sua própria campanha", diz Michael Beckel, diretor de pesquisa do Issue One, grupo partidário de reformas políticas em Washington, DC.
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