A candidata do PSB ao Planalto
Os governadores de São Paulo, Márcio França, e do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, articulam nos bastidores o lançamento de uma candidatura própria do PSB à Presidência da República. O nome pensado para a "missão" seria o de Leany Barreiro de Sousa Lemos, ex-secretária do Planejamento de Rollemberg. A avaliação dos governadores é de que a...
Os governadores de São Paulo, Márcio França, e do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, articulam nos bastidores o lançamento de uma candidatura própria do PSB à Presidência da República. O nome pensado para a "missão" seria o de Leany Barreiro de Sousa Lemos, ex-secretária do Planejamento de Rollemberg.
A avaliação dos governadores é de que a candidatura mataria vários coelhos com uma cajadada só. Agradaria o presidente da legenda, Carlos Siqueira, que é contra a neutralidade na disputa presidencial. E, principalmente, inviabilizaria uma aliança do PSB com o pedetista Ciro Gomes, a qual França é contra.
Soma-se a isso outra jogada do PSB: o partido poderia usar a candidatura de Leany para cumprir a regra eleitoral que obriga as legendas a gastarem pelo menos 30% do fundo eleitoral com campanhas de mulheres. No caso da sigla, esse porcentual daria algo em torno de 36 milhões de reais.
Hoje, o PSB não tem candidatas suficientes para receberem esses recursos. Com a candidatura de Leany, não só cumpriria a regra, como poderia usar o dinheiro em outras candidaturas de forma indireta. Basta fazer propagandas conjuntas da ex-secretária com candidatos ao governo e ao parlamento.
Nem perde, nem ganha
Nesse cenário, o pensamento de alas do PSB é de que o partido não ganharia nem perderia nada com a candidatura de Leany. E, de quebra, ajudaria nas negociações nos estados. No Distrito Federal, por exemplo, a presidenciável serviria como uma excelente puxadora de votos para Rollemberg.
Em São Paulo, França sempre preferiu uma aliança com Geraldo Alckmin, na esperança de ganhar em troca apoio do tucano. Mas, diante da impossibilidade da aliança e do crescimento da preferência por Ciro no PSB, aderiu à tese de candidatura própria menos competitiva para impedir apoio ao pedetista.
A ideia de uma campanha do PSB ao Planalto, no entanto, tem um forte opositor no partido: o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Ele já avisou que dará palanque, mesmo que informal, ao ex-presidente Lula. Se não for o petista, preferia uma aliança com Ciro Gomes, de quem é amigo.
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Comentários (1)
FRANCISCO
2018-07-26 07:48:36Governadores petistas todos iguais! Inescrupulosos!