O terceiro round do PSDB promete ser mais violento
A briga dentro do PSDB não terminou -- se é que terminará algum dia --, com a desistência de João Doria de concorrer ao Palácio do Planalto. O deputado Aécio Neves repete que o partido deve ter candidatura própria, se não quiser engolido nas eleições de outubro e ver a sua bancada parlamentar ainda mais...
A briga dentro do PSDB não terminou -- se é que terminará algum dia --, com a desistência de João Doria de concorrer ao Palácio do Planalto. O deputado Aécio Neves repete que o partido deve ter candidatura própria, se não quiser engolido nas eleições de outubro e ver a sua bancada parlamentar ainda mais diminuída.
Voltam ao palco os nomes de Eduardo Leite e até Tasso Jereissati -- que, até a semana passada, era cogitado para ser o vice de Simone Tebet, na coalizão com o MDB e o Cidadania. Agora, pois é, nem o nome de Simone Tebet está mais garantido para ser a candidata única dos três partidos, embora Bruno Araújo, presidente do PSDB, queira atrair a União Brasil para essa desunião -- União Brasil que, veja só, tem como candidato aquele popularíssimo Luciano Bivar, o homem que tirou Sergio Moro da corrida ao Planalto e que, ao mesmo tempo, consegue manter o ex-juiz como aliado (não porque Moro sofra de Síndrome de Estocolmo, mas porque o coitado não tem outra mão para segurar neste momento).
A ala tucana que apoia Aécio Neves acha que juntar-se ao MDB, para lançar Simone Tebet como candidata, significa rachar o partido e entregar uma parte do PSDB a Lula e outra a Jair Bolsonaro, visto que ela não teria potencial para passar do 1% ou 2% dos votos. Ou seja, teria praticamente o mesmo efeito deletério da candidatura de João Doria, abortada hoje. Na via contrária, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e o presidente do partido, Bruno Araújo, acham que a coalizão com o MDB liberaria mais dinheiro para as candidaturas tucanas ao governo e ao Legislativo -- não esqueçamos que Rodrigo Garcia, que tentará ser eleito para o Palácio dos Bandeirantes, é parte diretamente interessada.
Os tucanos que defendem candidatura própria já dizem que, se não houver consenso, eles poderão levar um nome à convenção do partido, que definirá inapelavelmente o caminho oficial do PSDB na eleição presidencial. A convenção ainda não tem data definida, mas terá de ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto, data limite para o registro das candidaturas.
Nesse quadro de muita paz e harmonia internas, Rodrigo Garcia e Bruno Araújo estão sendo acusados de ter forçado João Doria a sair, usando de argumentos "para além da política". Depois das prévias e da desistência do ex-governador de São Paulo, há ainda o terceiro round, que promete ser tão ou mais violento do que os dois anteriores.
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Comentários (10)
CELIA
2022-05-28 08:33:12PSDB ACABOU E OS PRÓPRIOS NEM PERCEBEŔAM
Nildo Jose Formigheri
2022-05-25 08:43:29Luciano Bivar é cabo eleitoral do Bolsonaro, mais um traidor descarado na politica.
Antonio
2022-05-24 16:51:04Mario Sabino, o que seriam os tais argumentos "para além da politica" que levaram Doria à desistência?
Guilherme
2022-05-24 11:48:15Se Garcia e Araújo forçaram a desistência de Doria, fizeram muito bem. Agora é preparar a candidatura própria do PSDB.
Marcelo Gomes
2022-05-24 10:44:05A última figura relevante do PSDB, com ressalvas, foi FHC. De lá para cá chafurdou na lama e nem merece ser notado!!!!
Marcelo Gomes
2022-05-24 10:43:47A última figura relevante do PSDB, com ressalvas, foi FHC. De lá para cá chafurdou na lama e nem merece ser notado!!!!
Chiquinha
2022-05-24 09:49:35O PSDB subiu no telhado... É um partido no qual jamais voltarei a votar, seja para que cargo for.
Amaury G Feitosa
2022-05-24 09:08:54Pelo visto a doença tucana é megalomania.
CARLOS
2022-05-24 07:31:17Pa de cal, fazer previas foi uma palhaçada sem tamanho, caiu num ridiculo que vai ficar na historia. O PSDB acabou.
Eduardo
2022-05-24 07:04:58Depois do pânico com a Lava Jato, a oligarquia brasileira está se acertando.