Crusoé
21.11.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram
    Crônica

    O Brazil não conhece o Brasil

    Sem energia, sem logística e sem estrutura, ninguém quer, ou consegue, permanecer no meio da floresta

    avatar
    Izabela Patriota
    4 minutos de leitura 21.11.2025 03:30 comentários 1
    Moradora de Vila da Barca, em Belém. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    A reação brasileira ao chanceler alemão mostrou mais sobre o ego nacional do que sobre Belém.

    Os brasileiros não conhecem a própria Amazônia, tampouco Belém e seus desafios.

    E isso não é questão de opinião: os rankings nacionais de turismo mostram isso ano após ano.

    Belém não aparece entre os destinos mais visitados do Brasil.

    Nunca figura no top 10, top 20, nem top 30.

    Em 2023 ficou em 33º lugar entre os destinos mais procurados durante a pandemia.

    Em 2025, só entrou em alguma lista relevante porque virou “destino emergente” em virtude da COP, num pico artificial que precisará ser testado nos dados de 2026.

    A verdade é que os brasileiros não elegem Belém como destino turístico.

    Se a falta de estrutura veio antes ou depois da falta de interesse dos visitantes, o fato permanece: Belém sabidamente não tinha os atributos necessários para receber um evento de tal porte.

    Naturalmente, isso foi notado pelos visitantes, sobretudo os de países desenvolvidos, como o chanceler alemão Friedrich Merz, que comentou que seus jornalistas ficaram aliviados em retornar ao país de origem.

    A ofensa coletiva soa hipócrita, ou no mínimo curiosa, quando a vasta maioria dos brasileiros nunca colocou os pés na região.

    Quando a primeira-dama Janja responde dizendo que a impressão do chanceler foi apenas porque “não tomou tacacá”, “não viu carimbó”, “não experimentou a aparelhagem”, ela esquece, ou tenta omitir, que tampouco o fizeram os brasileiros.

    A própria Janja afirmou na mesma declaração que ela também ainda não fez nada disso durante a COP.

    O ditado de que o brasileiro não conhece a Amazônia é verdadeiro. Fingir o contrário é patriotismo performático.

    Os brasileiros não podem se sentir pessoalmente atacados quando um estrangeiro comenta algo óbvio: falta infraestrutura.

    Sem energia, sem logística e sem estrutura, ninguém quer, ou consegue, permanecer no meio da floresta.

    Colocar um megaevento ali, exigindo obras e deslocamentos enormes, apenas evidencia a contradição.

    O intuito do chanceler, ao afirmar que a Alemanha é um dos países mais bonitos do mundo no Congresso Alemão do Comércio, era exaltar a pujança econômica do próprio país.

    A Alemanha só é desenvolvida e bonita porque fez uso dos seus recursos naturais a seu favor, e porque transformou essa exploração em riqueza e infraestrutura.

    Não é possível falar em desenvolvimento sem a exploração dos próprios recursos. É isso, aliás, que a Amazônia merece: desenvolvimento, e não isolamento.

    A fala do chanceler deveria ter apenas desnudado a hipocrisia óbvia: só existe desenvolvimento quando há exploração dos próprios recursos naturais.

    A Amazônia não é museu e é muito cômodo pedir que permaneça intocada, enquanto se vive no conforto de um país desenvolvido após séculos de exploração doméstica.

    Os europeus não querem cortar a Amazônia, mas também não querem admitir que nada ali se sustenta sem uma economia pujante.

    Uma cobrança externa por preservação ambiental absoluta, às custas do subdesenvolvimento de quem vive na floresta, é supérflua.

    Em tese, a COP e países como a Alemanha deveriam endereçar justamente o desenvolvimento da região e de suas populações.

    Izabela Patriota é diretora de relações internacionais do Lola Brasil e colaboradora no programa Young Voices

    Instagram: @patriota_iza

    X: @iza_patriota

    As opiniões dos colunistas não necessariamente refletem as de Crusoé e O Antagonista

    Diários

    Jorge Messias cita Lula 54 vezes em sua tese de doutorado

    Duda Teixeira Visualizar

    Declaração final da COP30 não terá plano para redução de combustíveis fósseis?

    Redação Crusoé Visualizar

    Nem Lula aguenta ir para Belém

    Duda Teixeira Visualizar

    Trump esquece "arte da negociação" com Brasil

    Duda Teixeira Visualizar

    Crusoé n° 395: Bancada Master

    Redação Crusoé Visualizar

    Bancada Master

    Wilson Lima Visualizar

    Mais Lidas

    A "mediação" de Temer pelo Banco Master

    A "mediação" de Temer pelo Banco Master

    Visualizar notícia
    Bancada Master

    Bancada Master

    Visualizar notícia
    COP30: uma piada sem graça contada ao mundo pelo Brasil

    COP30: uma piada sem graça contada ao mundo pelo Brasil

    Visualizar notícia
    Fogo na COP30 é piada pronta

    Fogo na COP30 é piada pronta

    Visualizar notícia
    Lula, Belém e a fantasia boteco-desenvolvimentista

    Lula, Belém e a fantasia boteco-desenvolvimentista

    Visualizar notícia
    O Brazil não conhece o Brasil

    O Brazil não conhece o Brasil

    Visualizar notícia
    O difícil ajuste fiscal

    O difícil ajuste fiscal

    Visualizar notícia
    O ‘true crime’ compensa

    O ‘true crime’ compensa

    Visualizar notícia
    Outras vezes em que Renato Freitas alegou ser vítima de racismo

    Outras vezes em que Renato Freitas alegou ser vítima de racismo

    Visualizar notícia
    Pacheco humilhado é risco institucional

    Pacheco humilhado é risco institucional

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Belém

    COP30

    turismo

    < Notícia Anterior

    O Agente Secreto do intelectual orgânico

    14.11.2025 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Izabela Patriota

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (1)

    Albino

    2025-11-21 07:26:35

    Muito bom!


    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (1)

    Albino

    2025-11-21 07:26:35

    Muito bom!



    Notícias relacionadas

    A sombra de Teerã

    A sombra de Teerã

    Márcio Coimbra
    21.11.2025 03:30 6 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Pacheco humilhado é risco institucional

    Pacheco humilhado é risco institucional

    Leonardo Barreto
    21.11.2025 03:30 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Bancada Master

    Bancada Master

    Wilson Lima
    21.11.2025 03:30 9 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Lula, Belém e a fantasia boteco-desenvolvimentista

    Lula, Belém e a fantasia boteco-desenvolvimentista

    Dennys Xavier
    21.11.2025 03:30 6 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso