'Estou 100% em comunhão com o meu presidente', diz Mário Frias
Recém-empossado secretário Especial da Cultura, o ator Mário Frias escolheu o canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, para dar sua primeira entrevista. Na conversa, divulgada neste sábado, 27, ele falou sobre sua trajetória na televisão, enalteceu Jair Bolsonaro e prometeu alinhamento completo ao Planalto. “Tudo que eu fizer na secretaria,...
Recém-empossado secretário Especial da Cultura, o ator Mário Frias escolheu o canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, para dar sua primeira entrevista. Na conversa, divulgada neste sábado, 27, ele falou sobre sua trajetória na televisão, enalteceu Jair Bolsonaro e prometeu alinhamento completo ao Planalto. “Tudo que eu fizer na secretaria, pode ter certeza de que estou 100% em comunhão com o meu presidente”, afirmou.
“Eu trabalhei para grandes empresas, para a Ambev, para a CVC, multinacionais que representam o Brasil no mundo. Hoje, eu trabalho para outra empresa, tenho outro patrão. E não adianta, o patrão quer uma linha estética e essa linha estética vai ser privilegiada”, justificou o secretário de Cultura do governo.
Eduardo Bolsonaro criticou a imprensa por associar o ator à minissérie Malhação, exibida durante duas décadas pela Rede Globo. Frias foi galã da novela voltada ao público adolescente. “A grande base da TV passou pela Malhação”, justificou o novo secretário. Frias detalhou seu currículo e contou bastidores de um programa que ele estrelou sobre rodeios. “Foi uma produção de 25 milhões de reais”, explicou. Outra experiência de Frias foi como apresentador de um game show chamado Último Passageiro, em que estudantes disputavam uma viagem de formatura.
O novo secretário de Cultura relatou que, como conservador, sempre foi uma exceção no universo artístico. “No meu meio, você se sente um ET”, comentou, fazendo menção ao apoio a Bolsonaro. “Não tenho pretensões políticas, estou aqui para fazer um trabalho executivo”, garantiu o ator. “Não vou fazer campanha em lugar nenhum, nunca”.
Frias elogiou ainda o ministro do Turismo, ao qual sua pasta está subordinada. “Estive com o ministro Marcelo Álvaro, jovem, fantástico, inteligente, focado, eu estou tentando aprender com ele”.
Boa parte da conversa foi sobre a Lei Rouanet, um dos alvos de Bolsonaro e seus aliados desde a campanha. “O problema não é a lei, é quem abraçou a lei para uso exclusivo. A lei é para todos. É uma lei fundamental, mas a cultura não é o eixo Rio-São Paulo. Por que é tão difícil acessar a lei? Não podem existir os barões da Lei Rouanet”, disse Mário.
Ele prometeu promover uma auditoria nos contratos firmados com base na legislação, além de simplificar os mecanismos de concessão dos benefícios tributários. O secretário elogiou a Lei Aldir Blanc, que prevê pagamento de auxílio emergencial à classe artística durante a pandemia, mas frisou que “os artistas não querem esmola, eles querem trabalhar”.
O secretário anunciou ainda o lançamento de um novo projeto em parceria com a Agência Nacional do Cinema, a Ancince, “para apoiar pequenos e grandes cinemas”.
Na conversa, Mário Frias revelou que não consome notícias. “Não tenho problema com estresse. Não leio jornal, não vejo notícia, acho desperdício de tempo. Quando quero uma informação, vou à rede social dos ministros, dos deputados em que eu votei”.
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