Funcionários do Banco Mundial defendem 'duro sermão' na chegada de Weintraub
A Associação de Funcionários do Banco Mundial divulgou uma nova carta pública nesta quinta-feira, 25, para questionar a indicação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para ocupar um cargo na Diretoria-Executiva da instituição. Ontem, a Comissão de Ética do banco informou que não pode analisar a conduta de Weintraub antes de sua posse, mas a...
A Associação de Funcionários do Banco Mundial divulgou uma nova carta pública nesta quinta-feira, 25, para questionar a indicação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para ocupar um cargo na Diretoria-Executiva da instituição.
Ontem, a Comissão de Ética do banco informou que não pode analisar a conduta de Weintraub antes de sua posse, mas a associação de funcionários questiona a decisão e pede a suspensão da nomeação com base em uma análise prévia do histórico do ex-ministro. A carta desta quinta-feira traz uma reprodução do tuíte em que Weintraub faz comentários racistas com relação ao povo chinês.
Nesta quinta, funcionários do banco também discordaram da Comissão de Ética com relação à avaliação da vida pregressa do ex-ministro. "Observamos que o parágrafo 13.b do Código de Conduta para Funcionários da Diretoria afirma que a Comissão fará recomendações à Diretoria sobre conduta imprópria relacionada ao desempenho de funções oficiais ou ações que afetem o desempenho de suas funções oficiais, sejam essas ações tomadas antes, durante ou com relação a quaisquer restrições aplicáveis a empregos futuros".
Com base neste trecho, os funcionários insistem em uma "revisão completa da conduta do Sr. Weintraub."
No documento, a entidade defendeu ainda mudanças na forma de indicação dos diretores pelos países. “O caso Weintraub expôs uma falha fundamental na governança do Banco Mundial. Se, por um lado, os membros do conselho representam e respondem aos países acionistas, sendo devidamente eleitos por esses países, por outro, ao se tornarem membros do conselho, também se tornam representantes do Banco Mundial e têm que agir como tal”. Para a associação, o Banco Mundial deve ter voz na escolha de critérios básicos para a seleção de seus diretores.
“A menos que o conselho e Diretoria-Executiva sejam proativas e se pronunciem, não nos resta outra escolha além de, na chegada do sr. Weintraub, lhe dar um duro sermão”.
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