Heleno complica Bolsonaro
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno (foto), complicou o presidente Jair Bolsonaro no âmbito do inquérito que investiga a interferência do chefe do Palácio do Planalto na Polícia Federal. Acusado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Sergio Moro de pressioná-lo pela mudança do superintendente da PF no Rio na reunião...
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno (foto), complicou o presidente Jair Bolsonaro no âmbito do inquérito que investiga a interferência do chefe do Palácio do Planalto na Polícia Federal.
Acusado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Sergio Moro de pressioná-lo pela mudança do superintendente da PF no Rio na reunião ministerial de 22 de abril, Bolsonaro sustenta que, na ocasião, referia-se a dificuldades na troca de sua segurança pessoal, de responsabilidade do GSI.
Mas, aos delegados que conduzem as investigações, Heleno contradisse Bolsonaro e declarou que o presidente jamais teve “óbices ou embaraços” para nomear e trocar nomes da equipe de sua segurança no Rio de Janeiro ou em outro local, informa O Globo.
Em resposta aos questionamentos da PF, o ministro-chefe do GSI informou que, em 31 de março deste ano, houve uma troca no cargo de diretor do Departamento de Segurança Presidencial da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial. Antes disso, em 2 de março, foi feita uma mudança no chefe do Escritório de Representação, na cidade do Rio de Janeiro, da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional.
“Não houve óbices ou embaraços. Por se tratar de militares da ativa, as substituições do Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, do Diretor do Departamento de Segurança Presidencial e do Chefe do Escritório de Representação do Rio de Janeiro foram decorrentes de processos administrativos internos do Exército Brasileiro", escreveu o ministro no ofício.
O inquérito que mira a suposta ingerência de Bolsonaro tramita no Supremo Tribunal Federal sob a relatoria do ministro Celso de Mello. Na última sexta-feira, 19, a PF reiterou ao decano da corte a necessidade de ouvir o presidente da República nos "próximos dias".
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