À OMS, Pazuello diz que governo investe em 'diálogo' com estados e municípios
O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello (foto), afirmou em assembleia da Organização Mundial da Saúde, nesta segunda-feira, 18, que o governo Jair Bolsonaro investe no diálogo com estados e municípios para conter o avanço do novo coronavírus no país. “Por ser o Brasil um país com dimensões continentais e com características tão diversas,...
O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello (foto), afirmou em assembleia da Organização Mundial da Saúde, nesta segunda-feira, 18, que o governo Jair Bolsonaro investe no diálogo com estados e municípios para conter o avanço do novo coronavírus no país.
“Por ser o Brasil um país com dimensões continentais e com características tão diversas, temos estabelecido estratégias adequadas a cada região através do diálogo entre os três entes federativos, com foco atual no Norte-Nordeste no país, que são as regiões mais afetadas até o momento”, disse na videoconferência.
A declaração ocorre em meio a reiteradas críticas de Bolsonaro aos gestores estaduais e municipais devido às medidas restritivas. O Brasil vivencia um descompasso: enquanto o presidente prega a reabertura do comércio, a maioria dos governadores e prefeitos insiste na continuidade da quarentena. Além disso, em pelo menos seis estados, decretou-se o lockdown — bloqueio total.
Na breve gestão de Nelson Teich, o ministério chegou a anunciar uma diretriz geral para orientar o isolamento social. Entretanto, a proposta do oncologista não recebeu o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conass, e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Conasems. Uma nova rodada de debates ocorreu, mas Teich deixou a pasta antes de detalhar o planejamento.
Noutra declaração, o ministro interino assegurou que o governo federal “conduz avaliações diárias das situações de risco em cada localidade, reforçando estados e municípios com os recursos necessários, sejam financeiros, materiais e de pessoal, para mitigar os efeitos da pandemia”.
Porém, governadores cobram do governo equipamentos de proteção individual, os EPIs, e respiradores prometidos há semanas. Além disso, Jair Bolsonaro ainda não sancionou o plano de socorro a estados e municípios, que prevê transferências de 60 bilhões de reais e a suspensão de 65 bilhões de reais em dívidas.
Pazuello ainda informou que o ministério "vem ajustando seus protocolos com base em evidências e nas experiências exitosas nacionais e internacionais". A fala acontece enquanto a pasta finaliza um novo documento para recomendar o uso irrestrito de cloroquina no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19, apesar da falta de estudos científicos que comprovem a eficácia do método.
Em nota, o órgão disse na sexta-feira, 15, que “o objetivo é iniciar o tratamento antes do seu agravamento e necessidade de utilização de Unidades de Terapia Intensivas, UTIs”. “Assim, o documento abrangerá o atendimento aos casos leves, sendo descritas as propostas de disponibilidade de medicamentos, equipamentos e estruturas, e profissionais capacitados”, destacou. Hoje, a recomendação é pela prescrição do medicamento somente a pacientes em estados grave e crítico.
Ao fim da fala, o general reforçou “o compromisso do Brasil em apoiar e participar das iniciativas internacionais, como o Solidarity Trial, e a aliança global por acesso à vacina e ao tratamento contra a Covid-19”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)