Doria anuncia que academias, salões e barbearias permanecerão fechados em SP
O governador de São Paulo, João Doria (foto), anunciou nesta quarta-feira, 13, que academias, salões de beleza e barbearias permanecerão fechados no estado apesar do decreto presidencial que colocou os estabelecimentos na lista de serviços essenciais, os quais têm autorização para funcionar em meio à pandemia do novo coronavírus. Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes,...
O governador de São Paulo, João Doria (foto), anunciou nesta quarta-feira, 13, que academias, salões de beleza e barbearias permanecerão fechados no estado apesar do decreto presidencial que colocou os estabelecimentos na lista de serviços essenciais, os quais têm autorização para funcionar em meio à pandemia do novo coronavírus.
Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o tucano afirmou que “até o dia 31 de maio, nenhuma modificação será feita na quarentena”. “O comitê de saúde e o secretário de Saúde do Estado de São Paulo nos indicam que ainda não temos condições sanitárias seguras para autorizar a abertura de academias, salões de beleza e barbearias neste momento”, explicou.
Doria segue na mesma linha de diversos governadores. Pelo menos 16 chefes de Executivos locais informaram, em coletivas ou nas redes sociais, que não iriam aderir ao decreto. A postura deles baseia-se em decisão do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a competência de estados e municípios para estabelecer políticas de saúde, como a implementação da quarentena e a classificação das atividades essenciais.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, São Paulo contabilizou, nas últimas 24 horas, 3.378 casos confirmados do novo coronavírus, elevando o total a 51.097. No mesmo período, houve o registro de 169 mortes. Com o incremento, atingiu-se a marca de 4.118 óbitos. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 87,2% na Grande SP e em 68,3% no estado.
A média de isolamento no estado ficou em 47% na terça-feira. Na capital, o índice foi de 48,4%. As duas taxas estão abaixo do mínimo esperado pelo governo, de 55%. Com a queda no distanciamento, Doria voltou a dizer que não descarta o endurecimento das restrições.
"Repito o que falei na última segunda-feira: não está descartado o lockdown em São Paulo, na capital de São Paulo ou em outras cidades do estado. Mas, neste momento, não há esta expectativa. De imediato, não. Mas é uma alternativa que poderá ser aplicada se esta necessidade for recomendada pelo setor de saúde."
O coordenador do comitê da saúde de SP, Dimas Covas, afirmou que, na avaliação, o governo leva em consideração as taxas de ocupação de leitos de UTI e de transmissão da doença.
"Nós estamos próximos de 90% de ocupação dos leitos e a taxa de transmissão é superior a um. Então, em princípio, nós estamos reunindo os critérios, aqui na região metropolitana principalmente, para começar a considerar essa possibilidade. Ela tem que ser considerada, sim, se não ocorrer uma inflexão tanto na taxa de isolamento como no aumento da ocupação do número de leitos", pontuou.
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