'Isso aí saiu hoje?', pergunta Teich sobre liberação de academias e salões
O ministro da Saúde, Nelson Teich (foto), não foi consultado sobre a inclusão de academias, salões de beleza e barbearias na lista de atividades essenciais, as quais têm autorização para funcionar durante a crise do novo coronavírus. “Isso aí saiu hoje?”, questionou em coletiva no Palácio do Planalto após pedidos de esclarecimentos sobre a medida....
O ministro da Saúde, Nelson Teich (foto), não foi consultado sobre a inclusão de academias, salões de beleza e barbearias na lista de atividades essenciais, as quais têm autorização para funcionar durante a crise do novo coronavírus. “Isso aí saiu hoje?”, questionou em coletiva no Palácio do Planalto após pedidos de esclarecimentos sobre a medida. “Não passou [pelo Ministério da Saúde]. Isso não é atribuição nossa. Isso é uma decisão do presidente”, disse.
Após a reação inicial, Teich afirmou que somente a equipe econômica participa da deliberação. “A decisão de atividades essenciais é uma coisa definida pelo Ministério da Economia. O que eu realmente acredito é que qualquer decisão que envolva a definição como essencial ou não passa pela sua capacidade de fazer isso de uma forma que proteja as pessoas. Só para deixar claro que isso é uma decisão do Ministério da Economia, não é nossa."
Ao anunciar a liberação do funcionamento dos serviços, o presidente Jair Bolsonaro usou a necessidade de acesso da população à saúde como justificativa.
“Saúde é vida. Quem está em casa agora como sedentário, por exemplo... Está aumentando o colesterol dele, problema de estresse, um monte de problemas acontecem. E, se ele puder ir numa academia, logicamente de acordo com as normas do Ministério da Saúde, ele vai ter uma vida mais saudável. A questão de cabeleireiro também. Fazer as unhas, cabelo e et cetera é questão de higiene”, argumentou ao chegar ao Palácio da Alvorada no fim da tarde.
Apesar do decreto presidencial, estados e municípios não são obrigados a autorizar que os estabelecimentos abram as portas, uma vez que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a competência de governadores e prefeitos para a implementação de medidas restritivas.
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