Subsecretario de Witzel tentou ‘camuflar’ desvios em contratos de 180 mi, diz MP
Preso por suspeita capitanear um esquema de fraude e superfaturamento em contratos de compra de respiradores utilizados no tratamento da Covid-19, o ex-subsecretário de Saúde do Rio Gabriell Neves (foto) tentou camuflar os desvios colocando sob sigilo os contratos irregulares. Neves é, segundo o MP, o principal integrante do núcleo político do esquema. Todas as...
Preso por suspeita capitanear um esquema de fraude e superfaturamento em contratos de compra de respiradores utilizados no tratamento da Covid-19, o ex-subsecretário de Saúde do Rio Gabriell Neves (foto) tentou camuflar os desvios colocando sob sigilo os contratos irregulares.
Neves é, segundo o MP, o principal integrante do núcleo político do esquema. Todas as contratações foram iniciadas por ele. O então subsecretário também foi o responsável por estabelecer o número de respiradores a serem comprados, sem qualquer estudo, sobre as reais necessidades do sistema público de saúde em meio à pandemia.
Segundo os promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção, o Gaecc, do Ministério Público do Rio de Janeiro, logo após a veiculação de notícias sobre os desvios, Neves restringiu o acesso aos registros eletrônicos das contratações.
“As atividades da organização liderada pelo então Subsecretário Estadual de Saúde Gabriell Carvalho Neves Franco dos Santos ficam ainda mais evidentes com tentativa de camuflar e esconder suas atividades, restringindo acesso aos processos eletrônicos após parte do esquema vir à tona”, diz trecho do pedido de prisão da Operação Mercadores do Caos, deflagrada na na última quinta-feira, 7.
O burburinho causado pela medida fez Neves ser demitido quatro dias depois de impor o sigilo, em 13 de abril. Para sua vaga foi nomeado Gustavo Borges da Silva, outro detido pela operação do MP do Rio. Silva foi um dos que atuaram diretamente nas contratações fraudulentas.
O promotores investigam três contratos para compra de respiradores que, somados, alcançam 180 milhões de reais. Os contratos investigados foram firmados com as empresas Arc Fontoura, no valor de 67,9 milhões de reais, MHS Produtos e Serviços, num total de 56,2 milhões, e A2A Comércio, Serviços e Representações, por 59,4 milhões.
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