Novo diretor da PF ajudou a criar megabanco de dados
Nomeado para a direção-geral da Polícia Federal, o delegado Rolando Alexandre de Souza (foto) é bem visto dentro da corporação e considerado um especialista em crimes financeiros. Embora seja classificado pelos colegas como pouco “operacional”, ele é um dos responsáveis pela criação do Atlas, o banco de dados da PF que centraliza milhões de informações...
Nomeado para a direção-geral da Polícia Federal, o delegado Rolando Alexandre de Souza (foto) é bem visto dentro da corporação e considerado um especialista em crimes financeiros. Embora seja classificado pelos colegas como pouco “operacional”, ele é um dos responsáveis pela criação do Atlas, o banco de dados da PF que centraliza milhões de informações sobre investigações.
No vocabulário dos policiais, não operacional é aquele que não atuava diretamente em grandes investigações ou que ocupou por muito tempo cargos administrativos.
Souza, antes de ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o lugar que seria ocupado inicialmente por Alexandre Ramagem, cuja nomeação foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atuava como número 3 da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin.
Embora não fosse o número 2, ocupado por um oficial de carreira da Abin, Souza era o braço direito de Ramagem.
O delegado entrou para a PF em 2005. Ao longo de sua carreira chegou a ser superintendente em Alagoas, cargo que deixou em setembro do ano passado, e chefiou o setor de combate a desvio dinheiro público na sede da corporação, em Brasília. É elogiado pelos colegas pelo conhecimento que tem sobre crimes financeiros.
Em Alagoas, segundo delegados que trabalharam com ele, Rolando de Souza organizou a estrutura do órgão e fez o número de operações aumentar. Já na chefia do setor de combate à desvio de dinheiro público, organizou um treinamento para policiais de todo o Brasil, para aumentar a eficácia desse tipo de apuração.
Foi no Máscara Negra, onde fica a administração central da PF, que o delegado tornou-se um dos responsáveis por tirar do papel o projeto Atlas, sistema criado para centralizar informações de milhares de investigações sob responsabilidade da PF e todo Brasil. Por esse projeto, o delegado criou bom trânsito com outras classes da PF, entre elas, os peritos criminais.
“O doutor Rolando é pessoa séria, extremamente capaz, ótimo policial e ótimo administrador. Foi ele quem estruturou a área de combate a desvio de verbas públicas na PF, quando então as operações policiais tiveram um salto. Excelente nome”, afirmou a delegada Érika Marena, que atuou na força-tarefa da Lava Jato.
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