No Twitter, Bolsonaro posta indireta e Moro responde
A troca de acusações entre o presidente Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro Sergio Moro continua na manhã deste sábado, 25. Em suas respectivas contas no Twitter, o presidente e o ex-juiz da Lava Jato trocaram farpas. Por volta das 09h40, Bolsonaro tuitou uma mensagem para mostrar como apoiou Moro, em 2019, em meio a...
A troca de acusações entre o presidente Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro Sergio Moro continua na manhã deste sábado, 25. Em suas respectivas contas no Twitter, o presidente e o ex-juiz da Lava Jato trocaram farpas.
Por volta das 09h40, Bolsonaro tuitou uma mensagem para mostrar como apoiou Moro, em 2019, em meio a crise causada pelo vazamento de mensagens via Telegram roubadas por hackers. O post foi uma indireta ao fato de Moro ter disponibilizado ao Jornal Nacional conversas suas com a deputada Carla Zambelli, do PSL.
Na conversa, Moro rechaça a proposta de Zambelli em atrelar a aceitação da nomeação, defendida por Bolsonaro, do delegado Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal, o STF. A mensagem é acompanhada de uma foto de Bolsonaro e Moro juntos na celebração do 7 de setembro.
“A Vaza Jato começou em junho de 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas de Sergio Moro com membros do MPF. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro, cobravam o STF. Bolsonaro no desfile do dia 7 fez isso”, diz o post do presidente.
Cerca de duas horas depois, foi a vez de Moro tuitar para rebater a sugestão de Bolsonaro. Na mensagem, Moro diz que também apoiou Bolsonaro “quando ele foi injustamente atacado”, mas que preservar a PF é uma “questão institucional”. No caso de Moro, a mensagem veio acompanhada de um link para reportagem sobre pedido do então ministro da Justiça para PF investigar citação a Bolsonaro no Caso Marielle Franco feita pelo porteiro do condomínio onde o presidente tem uma casa.
“Sobre reclamação na rede social do Sr.Presidente quanto à suposta ingratidão: também apoiei o PR quando ele foi injustamente atacado. Mas preservar a PF de interferência política é uma questão institucional,de Estado de Direito,e não de relacionamento pessoal”, disse o ex-juiz.
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