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    A reação de Bolsonaro: os principais destaques do pronunciamento do presidente

    O presidente Jair Bolsonaro (foto) reagiu às acusações do ex-ministro Sergio Moro feitas contra ele durante sua despedida do governo na manhã desta sexta-feira, 24, e partiu para o contra-ataque. Em um pronunciamento de quase uma hora, ao lado de sua equipe de ministros, o presidente acusou Moro de negociar a vaga de ministro do...

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    Helena Mader
    11 minutos de leitura 24.04.2020 19:29 comentários 0
    Anotação 2020-04-24 170224
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    O presidente Jair Bolsonaro (foto) reagiu às acusações do ex-ministro Sergio Moro feitas contra ele durante sua despedida do governo na manhã desta sexta-feira, 24, e partiu para o contra-ataque. Em um pronunciamento de quase uma hora, ao lado de sua equipe de ministros, o presidente acusou Moro de negociar a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal e declarou que o ex-ministro tinha mais compromisso “com seu ego” do que com o Brasil. “Para nós, que estamos na linha de frente, tem algo mais importante do que a nossa biografia: o bem estar do povo e o futuro da nação”, disse o presidente.

    Diante da possibilidade de Moro transformar-se em seu mais novo adversário político, Bolsonaro fez acenos aos setores mais fiéis de seu eleitorado, ao afirmar que o ex-ministro era “lamentavelmente desarmamentista” e que, em março do ano passado, brigou para que Moro exonerasse a cientista política Ilona Szabó de um conselho ligado ao Ministério da Justiça. “Sabemos que essa senhora tem publicações defendendo aborto e ideologia de gênero, que estão em completo desacordo com as bandeiras que defendo. Não foi fácil conseguir essa exoneração”, afirmou.

    Ao tentar refutar a acusação de Moro de que teria interferido em investigações da Polícia Federal, Bolsonaro acabou admitindo que teve acesso a um depoimento sigiloso via PF durante as investigações do caso Marielle Franco. Ele confirmou ainda ter sugerido a troca no comando da corporação em duas das 27 unidades da Federação: no Rio de Janeiro e em Pernambuco.

    Ao anunciar sua saída do governo nesta manhã, Moro havia afirmado que o presidente Jair Bolsonaro quis trocar o comando da Polícia Federal porque estava preocupado com inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal -- no que representou a mais grave acusação do agora ex-ministro ao presidente da República, ensejando um pedido de abertura de inquérito ao STF pelo procurador-geral da República, Augusto Aras:  “O presidente me informou que tinha preocupação com inquéritos no STF e que a troca era oportuna por esse motivo. Isso não é razão que justifique a substituição, pelo contrário, gera grande preocupação”, disse Moro. O ex-juiz da Lava Jato também disse que Bolsonaro queria ter acesso a informações sigilosas da PF, como relatórios de inteligência, e interlocução direta com a cúpula da corporação, o que, de certa forma, o próprio presidente acabou reconhecendo em seu pronunciamento.

    Confira abaixo os principais trechos do pronunciamento.

    “Compromisso com ego”

    Ao abrir seu pronunciamento, Jair Bolsonaro afirmou que o compromisso de Sergio Moro era com “seu ego”. “Uma coisa é admirar uma pessoa, outra coisa é conviver com ela, trabalhar com ela. Hoje cedo, conversando com alguns parlamentares, eu disse: ‘hoje, vocês conhecerão uma pessoa que tem compromisso consigo próprio, com seu ego, e não com o Brasil’. O que tive ao meu lado, sempre tive, é o povo brasileiro. Hoje, essa pessoa vai buscar uma maneira de colocar uma cunha entre mim e o povo brasileiro”.

    Primeiro encontro com Moro

    Jair Bolsonaro relembrou que seu primeiro contato pessoal com Sergio Moro foi em março de 2017, em uma lanchonete do aeroporto de Brasília. “Ele praticamente me ignorou, a imprensa inteira noticiou, dando descrédito à minha pessoa. Fiquei triste, porque ele era um ídolo. Eu era apenas um humilde deputado, como a maioria do parlamento brasileiro. Não chorei, estaria mentindo, mas fiquei muito triste. Sua consciência tocou e ele conversou comigo sobre o episódio, me senti de certa forma reconfortado”.

    Contato na campanha

    Segundo Bolsonaro, entre os dois turnos da eleição de 2018, enquanto estava no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, se recuperando do atentado à faca, ele teria recebido a ligação de uma pessoa interessada em fazer a intermediação com Moro. “Evitei conversar com ele entre o primeiro e segundo turnos porque essa visita se tornaria pública e eu não queria me aproveitar do prestígio dele para conseguir a vitória”.

    Autonomia

    Bolsonaro disse que, após a vitória no segundo turno, recebeu o ex-juiz Sergio Moro em sua minha casa no Rio, ao lado do Paulo Guedes. "Traçamos como ele seria tratado caso aceitasse convite para ser ministro da Justiça. Ele não participou da minha campanha. Acertamos, como fiz com todos os ministros, que teria autonomia no ministério. Mas autonomia não é sinal de soberania. A todos os ministros, falei do meu poder de veto. Os cargos chaves teriam que passar por mim, e eu daria sinal verde ou não. Para mais de 90% dos cargos, eu dei sinal verde. Assim foi com senhor Valeixo”.

    Queda de operações

    Jair Bolsonaro criticou a imprensa por sempre noticiar que, desde o começo de sua gestão, o número de operações da Polícia Federal vinha caindo. “É óbvio que isso ia acontecer. Se nossas indicações para ministérios, estatais e bancos oficiais não passaram por indicações partidárias, está na cara que a fonte da corrupção não era tão abundante como antigamente. Isso começou a bater sobre mim, como se eu estivesse contrário à Lava Jato”.

    “Luta contra o establishment”

    Ao se dizer alvo de conspirações, Bolsonaro afirmou estar lutando contra o sistema. "Estou lutando contra o sistema, contra o establishment. Coisas que aconteciam no Brasil praticamente não acontecem mais. E me desculpem a modéstia, em grande parte, pela minha coragem de indicar um time de ministros comprometidos com o futuro do brasil. Continua não sendo fácil, mas hoje em dia conto com muitos parlamentares de vários partidos, que já comungam dessa tese. Exceto os da extrema esquerda, que só querem roubar nossa liberdade”.

    Interferência na PF e a "carta Adélio"

    Bolsonaro, ao falar sobre a acusação de Sergio Moro de interferir na PF, usou a "carta" do atentado que sofreu. “Falou-se em interferência minha na PF. Ora bolas, se posso trocar ministro, por que não posso trocar o diretor da Polícia Federal? Não preciso de autorização de ninguém. Será que é interferir na PF quase implorar a Sergio Moro que apurasse quem mandou matar Bolsonaro? A Polícia Federal se preocupou mais com Marielle do que com seu chefe supremo. Todas as pessoas de bem do Brasil querem saber”.

    Admissão

    O presidente da República reconheceu ter pedido a atuação da Polícia Federal para esclarecer a denúncia de que ele poderia ter liberado a entrada no condomínio onde mora, no Rio de Janeiro, de um dos ex-policiais acusados pela morte de Marielle Franco, no dia do crime. “Tive que pedir, quase implorar, que fosse apurado o caso porteiro da minha casa. Se não fosse meu filho ir à portaria e filmar, até hoje haveria dúvidas sobre meu envolvimento. Será que é interferência na PF investigar o que aconteceu com esse porteiro, se ele foi ameaçado, subornado, se sofre das faculdades mentais? É exigir muito pedir que esse porteiro fosse investigado?”

    “A pedido”

    Jair Bolsonaro explicou por que a demissão de Maurício Valeixo foi publicada como tendo sido “a pedido” do ex-chefe da corporação. “Ontem, numa videoconferência, o senhor Valeixo se dirigiu aos 27 superintendentes e disse que, desde janeiro, vinha falando com Moro que queria deixar a PF. Como Valeixo disse que estava cansado, comecei a fazer conversas com Sergio Moro sobre a substituição”.

    Relatórios de inteligência

    Bolsonaro reconheceu ter reclamado com Sergio Moro sobre a falta de relatórios de inteligência da PF. “Disse ao Sergio Moro que eu queria todo dia ter um relatório do que aconteceu nas ultimas 24 horas para resolver o futuro da nação. Nunca pedi para ele nada sobre o andamento de qualquer processo, até porque inteligência com ele perdeu espaço na Justiça”.

    Escolha de nomes para a PF por "sorteio"

    O presidente da República disse que informou Moro na quinta-feira, 23, que publicaria a exoneração de Valeixo e que, então, os dois discutiram nomes. Foi então que ele teria sugerido a escolha por sorteio. “O senhor Sergio Moro relutou e falou: ‘mas o nome tem que ser o meu’. Eu disse, então: 'Por que que tem que ser o seu e não o meu? Pode pegar os que têm condições e fazer um sorteio'. Por que não poderia ser um de consenso entre nós dois? Falei: ‘quero um delegado que eu sinta, além da competência, que eu posso interagir com ele’

    Indicação para o Supremo

    O presidente acusou o ex-ministro Sergio Moro de querer usar a permanência de Maurício Valeixo na diretoria-geral da PF como moeda de troca para sua indicação ao STF. “Mais de uma vez, o Sergio Moro disse para mim: ‘pode trocar o Valeixo, sim, mas depois que o senhor me indicar para o Supremo’. Me desculpe, mas não é por aí. Reconheço suas qualidades, mas não é troco. É desmoralizante para um presidente ouvir isso".

    Interrogatório sigiloso

    Bolsonaro reconheceu ter pedido a Moro a troca dos superintendentes da PF no Rio e em Pernambuco. O do Rio de Janeiro, em razão da investigação do porteiro de seu condomínio, admitiu. O presidente disse ter ficado incomodado com o fato de um investigador ter dito que seu filho 04, Renan, teria namorado a filha do ex-PM acusado de matar Marielle Franco. “A intenção era dizer que tínhamos relacionamento familiar com esse ex-sargento, nem lembro dele, na campanha tirava 500 fotografias por dia. Fiz um pedido à PF, pedi quase por favor, que fosse a Mossoró interrogar esse ex-sargento. A Polícia Federal fez isso, e a cópia do interrogatório está comigo. E ele disse que a filha ele nunca namorou meu filho”.

    Queiroz

    Ao falar sobre a relação com Fabrício Queiroz, Bolsonaro negou que tenha pedido para blindar sua família. “Conheço o (Fabrício) Queiroz desde 1984, do 8º Grupo de Campanha Paraquedista. Ele foi para a PM, fizemos amizade, ele veio trabalhar comigo e com meu filho. Duas vezes, ele teve dívidas comigo e me pagou com cheques. Não veio para a minha conta porque deixei no Rio, foram 48 mil reais. Não é porque uma pessoa do nosso lado que porventura faço algo errado que você tem que ser responsabilizado. Nunca pedi para blindar ninguém da minha família, jamais faria isso. Agora, lamento que aquela pessoa que mais tinha que defender não faz”

    Isolamento social

    Bolsonaro reconheceu ter ficado incomodado com a falta de apoio de Sergio Moro ao seu discurso contra o isolamento social. “Na última reunião, cobrei dele que tomasse uma posição sobre a prisão e as algemas usadas contra mulheres na praia, em praça pública, contra um humilde trabalhador do comércio no Piauí. Ele tem amparo na lei de abuso da autoridade, a lei tem que ser cumprida. A resposta dele foi o silencio. Não posso admitir que cerceiem o direito de ir e vir”.

    Armas

    Jair Bolsonaro admitiu que protagonizou embates com Sergio Moro por ele não encampar algumas de suas bandeiras de campanha, como a flexibilização para concessão do porte de armas. “É um ministro lamentavelmente desarmamentista. Tinha uma dificuldade enorme com decretos para facilitar para CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) e para quem tem arma, a compra de armamento e munição. Sobre aquilo que defendi durante a campanha, os ministros têm a obrigação de estarem junto comigo”.

    Pauta de costumes

    Jair Bolsonaro disse que teve dificuldades para fazer Sergio Moro voltar atrás na nomeação da especialista Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, em março de 2019. “Ano passado, ele nomeou a senhora Ilona Szabó como suplente de um conselho e sabemos que ela tem publicações defendendo aborto e ideologia de gênero, que estão em completo desacordo com as bandeiras que defendo. Não foi fácil conseguir a exoneração dessa pessoa”.

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