PF cria 'Corona Jato' para acompanhar gastos federais com pandemia
A Direção de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, a Dicor, criou um grupo para acompanhar os gastos do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. Formalmente, o grupo é chamado de Gecor/Covid-19, mas internamente foi batizado por policiais de “Corona Jato”, em alusão à Operação Lava Jato. O grupo...
A Direção de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, a Dicor, criou um grupo para acompanhar os gastos do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. Formalmente, o grupo é chamado de Gecor/Covid-19, mas internamente foi batizado por policiais de “Corona Jato”, em alusão à Operação Lava Jato.
O grupo tem como objetivo concentrar informações sobre os contratos, analisar dados obtidos nos ministérios e outros órgãos de fiscalização, coordenar ações de investigação, apoiar as apurações e operações relacionadas ao tema nos estados e, excepcionalmente, instaurar e conduzir inquéritos sobre casos de corrupção e de desvio de recursos federais destinados ao combate à pandemia.
Como mostrou Crusoé, a PF já vinha monitorando os gastos federais por meio da plataforma criada pela Controladoria-Geral da União, a CGU, para dar transparência às contratações relacionadas à pandemia. Mas, desde a última quinta-feira, 15, a direção da corporação formalizou a criação do grupo especial por meio de uma portaria.
Nesta segunda-feira, 20, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, postou em suas redes sociais que determinou à PF que investigue de “forma implacável” qualquer desvio de verbas federais associado ao coronavírus. A portaria coloca o coordenador-geral de Repressão à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da PF como responsável por articular e supervisionar as ações do grupo.
"O GECOR/COVID-19 concentrará as informações estatísticas sobre as atividades de polícia judiciária desenvolvidas nas ações de investigação e de combate ao desvio de recursos públicos e à corrupção relacionadas com as medidas excepcionais de enfrentamento da emergência de saúde pública decorrentes da disseminação da COVID-19, e fornecerá outros subsídios solicitados pela alta administração", diz trecho da portaria de criação do grupo.
O grupo só abrirá inquéritos em casos excepcionais. Caberá a seus integrantes analisar os dados das contratações e dar suporte para as superintendências regionais da PF. Pela portaria, ficou estipulado que todas as unidades da corporação nos estados terão que informar semanalmente ao Gecor/Covid-19 sobre os casos em andamento.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)