Guedes: preservação da economia não significa fim imediato da quarentena
O ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), afirmou nesta segunda-feira, 20, que preservar os “sinais vitais” da economia não significa determinar o fim imediato do isolamento social. O chefe da equipe econômica da gestão Jair Bolsonaro considera que deve haver um encerramento gradual das quarentenas impostas por governadores e prefeitos. “Se nós preservamos os sinais...
O ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), afirmou nesta segunda-feira, 20, que preservar os “sinais vitais” da economia não significa determinar o fim imediato do isolamento social. O chefe da equipe econômica da gestão Jair Bolsonaro considera que deve haver um encerramento gradual das quarentenas impostas por governadores e prefeitos.
“Se nós preservamos os sinais vitais, vamos sair. Preservar os sinais vitais da economia não significa sair do isolamento agora. Não significa isso. Significa fazer a coisa programada, no devido tempo. Isso está acontecendo na China, outros governos estão planejando a saída também, e nós temos que pensar nisso. Temos de pensar nas duas dimensões”, disse, em transmissão ao vivo promovida pelo BTG Pactual.
Guedes ainda defendeu o congelamento de salários de servidores públicos por dois anos, em contrapartida às despesas extras do governo federal para combater o surto do novo coronavírus.
O ministro sugeriu que, como todos, o funcionalismo deve contribuir. “Em meio à pandemia, milhões de pessoas perdendo o emprego, será que o funcionalismo poderia dar uma contribuição? Será que eles poderiam ficar esse ano e o próximo inteiro sem aumento de salários? Será que isso é justo?”.
O chefe da equipe econômica ainda criticou o plano de socorro a estados e municípios desenvolvido pela Câmara sob a batuta de Rodrigo Maia. A proposta prevê que a União recomponha, com recursos federais, as perdas na arrecadação de ICMS e ISS por seis meses. O texto tem impacto fiscal variável. Se a queda no recolhimento de impostos ficar em 30%, o governo terá de desembolsar 80 bilhões de reais. Caso a baixa seja maior, o custo cresce de forma proporcional.
Guedes classificou a matéria como uma “farra eleitoral”. “É não-republicano. Não pode ser assim. Nós não vamos comprometer o futuro do Brasil, as gerações futuras, transformando uma crise de saúde gravíssima numa crise fiscal sem precedentes numa explosão dos orçamentos da República”, avaliou.
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