Agência Brasil

Governo vai avaliar campos de pré-sal que ainda não foram arrematados

29.01.20 11:59

O Ministério de Minas e Energia determinou que a empresa estatal Pré-Sal Petróleo S.A., a PPSA, ficará responsável pela avaliação dos volumes excedentes nos contratos de cessão onerosa dos campos de Atapu e Sépia. A PPSA também vai intermediar as negociações com a Petrobras para o pagamento de compensações por investimentos já realizados nas duas áreas. Os campos, localizados na Bacia de Santos, não receberam ofertas no megaleilão da Agencia Nacional do Petróleo, em novembro do ano passado. A expectativa é que o governo volte a oferecer as áreas em uma nova licitação este ano.

Pelas regras definidas pelo Ministério de Minas e Energia, a Petrobras deverá compartilhar com a PPSA os dados e informações necessários para a definição dos valores das compensações, que serão objeto de um contrato de confidencialidade. As duas empresas terão que fazer um plano de trabalho para definir as formas de compartilhamento dos dados e estabelecer um cronograma paras as atividades.

A PPSA será a representante da União no trabalho de avaliação e, posteriormente, de negociação com a Petrobras, quanto a informações sobre os volumes excedentes dos campos de Atapu e Sépia. As empresas terão que chegar a um acordo em relação às participações da União e da Petrobras nos dois campos. O Ministério de Minas e Energia determinou ainda que a PPSA e a Petrobras façam reuniões presenciais mensais, com a participação de representantes da pasta e da ANP, para informar sobre a evolução das negociações e para apresentar estudos.

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  1. E, mais: ainda há muito petróleo a ser explorado e mesmo a ser descoberto. Essa indústria tem tecnologia avançada e não irá definhar de repente. Há muito investimento ainda a ser recuperado. Há que se ver o assunto sob a ótica do big business (investimento e retorno), não apenas pelos olhinhos da pirralha Greta. Haverá uma substituição escalonada e paulatina, nada às pressas. Embora, o cuidado ambiental deva ser ampliado ao máximo.

    1. Uma substituição da matriz energética feita às pressas iria afundar muitos países: Arábia Saudita, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Europa, Irã, Japão, Rússia, USA, etc... Poderia até haver guerras. Isso não acontecerá. Ponto Final !

  2. perdemos tempo e oportunidades de negócios com conversas e atrasos estúpidos no avanço do pré sal ...os políticos FDP queriam dividir o dinheiro antes dele aparecer

    1. Jose; de fato. Antes dos ovos terem sido botados, as raposas já brigavam pela omelete. Uma sucessão de erros (lista abaixo), técnicos e políticos, levaram ao fracasso. A BR queria a maior parte do filé e deixar o osso para as de fora. Acabou por ter que bancar tudo sozinha (com pequena participação de chinesas) e gastou muito mais. Ninguém é trouxa.

  3. Posso estar desinformado, mas lá no fundo da nave uma voz insiste: se o pré sal é uma realidade tão formidável, por que diabos não houve interessados aos magotes, entre as petrolíferas?

    1. Infelizmente a privatização total não ocorrerá. As FFAA são contra, por razões "estratégicas" e a política é contra, por razões de cabide de emprego e vantagens no suprimento de materiais ao complexo. Além da pressão sindical. Nem mesmo todas as refinarias serão privatizadas. a BR está segurando as melhores.

    2. Sim, essas posições tem lógica. Temos que torcer para que não se repitam os erros, ou voltaremos à era Vargas, quando Getúlio cunhou a frase "O Petróleo é Nosso", em oposição a Monteiro Lobato que defendia a concessão terceirizada e que foi taxado de comunista por isso. Roberto Campos também foi outro chamado de "entreguista" por defender abertura do mercado. Espera-se que Guedes esteja por perto nesta nova tentativa.

    3. A matriz energética do petróleo tem ainda uns 50 anos de sobrevida ou, mesmo, até o final do século. A troca irá se dar paulatinamente e não em todo o mundo ao mesmo tempo. O gás permanecerá. A petroquímica permanecerá. O petróleo como combustível definhará. A Idade da Pedra não acabou por falta de pedras, mas, sim, pelo surgimento da Idade dos Metais, aos poucos implantada. Os Neanderthals continuaram lascando suas pedras. O Brasil tem que correr para tirar a máxima vantagem ainda existente.

    4. Esses campos nao sao as joias da coroa, mas tem seu valor. Perdemos muito temppo achando q o pre sal era a salvacao da lavoura mas a verdade q o petroleo daqui a poucas decadas nao sera mais uma comodite tao importante pq fontes nao poluentes vao tomar seu lugar. Alem disso a Petrobras nao tem dinheiro pra explorar tds os postos ao mesmo tempo, entao tem q vender logo.

    5. Conclusão: a soberba e a arrogância da BR e do governo levaram à fuga das ofertantes. "A esperteza quando é muita, vira bicho e come o dono" - Tacredo Neves.

    6. Pelo fato de: 1- não houve total transparência nas informações mantidas em sigilo pela BR (vide texto). 2 - Ela quis um fortuna pelos investimentos já realizados nos campos. 3 - Pelo preço pedido nas licitações. 4 As petrolíferas deram um recado: transparência, competição paritária, preço justo. 5 - Incerteza quanto a JB. 6 - Não pagaram para ver; os leilões foram um fracasso. 7 - Ninguém no mundo do big business é burro, muito menos as grandes do óleo. 8 - Se fosse bom, teriam ofertado.

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