BNDES/reprodução

Auditoria de R$ 48 mi para abrir caixa-preta do BNDES não encontra irregularidades

20.01.20 14:34

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, gastou 48 milhões de reais com uma auditoria interna para “abrir a caixa-preta” da estatal. Contudo, o relatório da investigação, que durou um ano e dez meses, não descreveu nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018, informa o Estado de S.Paulo.

Publicado em dezembro, o documento tem oito páginas. Seria como se cada folha custasse 6 milhões. O valor foi repassado a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou o brasileiro Levy & Salomão. O BNDES não revelou quantos funcionários trabalharam na auditoria, tampouco quais os critérios utilizados para fazer o pagamento pelo trabalho, de acordo com o jornal.

Com vigência de 30 meses, o contrato firmado em 2015 tinha o custo inicial previsto em 14 milhões de reais. O acerto, no entanto, foi prorrogado por igual período. O banco informou ao Estado de S.Paulo que os 48 milhões tratam-se do custo total de “todo o processo de investigação independente”. 

A equipe responsável pela apuração concluiu que as decisões do BNDES “parecem ter sido tomadas depois de considerados diversos fatores negociais e de sopesados os riscos e potenciais benefícios para o banco”. “Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado”, diz trecho do relatório.  

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO