Investigação sobre repasses da Oi para Lulinha também mira Grupo Jereissati
A Polícia Federal realizou nesta terça-feira, 10, buscas em endereços do Grupo Jereissati e de um de seus conselheiros Pedro Jereissati no âmbito da operação Mapa da Mina, que apura repasses fraudulentos de 132 milhões de reais do Grupo Oi para a Gamecorp, cujo um dos sócios é o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis...
A Polícia Federal realizou nesta terça-feira, 10, buscas em endereços do Grupo Jereissati e de um de seus conselheiros Pedro Jereissati no âmbito da operação Mapa da Mina, que apura repasses fraudulentos de 132 milhões de reais do Grupo Oi para a Gamecorp, cujo um dos sócios é o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha -- que teve prisão solicitada pela PF, mas negada pela juíza Gabriela Hardt. Ao todo a operação cumpriu 47 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e na Bahia.
Um dos principais grupos empresariais do país, o Grupo Jereissati tem entre seus fundadores o pai do senador e ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati e entrou no radar da Lava Jato devido ao envolvimento na polêmica compra da Brasil Telecom pela Oi por 5,8 bilhões de reais em 2008. A compra exigiu uma série de medidas do governo, incluindo um decreto do ex-presidente Lula permitindo a operação que era vetada pela legislação até então. Chamou a atenção da Lava Jato o fato de o governo ter favorecido a megaoperação da Oi ao mesmo tempo em que a empresa fez repasses de 132 milhões para a Gamecorp, que tinha o filho do então presidente entre os sócios.
Na época da transação, o Grupo Jereissati possuía interesse direto no negócio por meio de seu braço que atua na área de telecomunicações, a La Fonte Comunicações, que junto com a Andrade Gutierrez formou inicialmente o Grupo Oi. A PF encontrou trocas de e-mails entre o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo e Pedro Jereissati no qual eles compartilham uma minuta de decreto para alterar justamente a legislação que impedia a aquisição. Na época, era proibido uma concessionária de telecomunicação adquirir outra que atuava em área distinta, o que foi derrubado pelo decreto de Lula.
A Polícia Federal também encontrou uma planilha de pagamentos de Otávio Azevedo, que também foi executivo da Oi, com uma relação de repasses à Gamecorp e às empresas de Jonas Suassuna, um dos sócios do filho de Lula na Gamecorp e um dos donos do sítio em Atibaia frequentado por Lula. Segundo a PF, a planilha foi encaminhada a Pedro Jereissati. Os pagamentos para a Gamecorp estavam descritos como "assessoria jurídica", o que intrigou os investigadores.
Além disso, nas quebras de sigilo das empresas investigadas, a PF identificou que a Iguatemi Empresa de Shopping Centers, que tinha Pedro Jereissati em seu conselho de administração, transferiu 112,6 mil reais em março de 2014 para uma empresa de Kalil Bittar, um dos sócios de lulinha na Gamecorp. O valor foi repassado mensalmente para as empresas de Bittar até agosto de 2015, último mês em que o Grupo Jereissati permaneceu na Oi. Uma das empresas de Bittar que recebeu os recursos do Grupo Oi/Telemar, a PDI comprou parte dos utensílios que estavam no apartamento em São Paulo e que pertencia a Jonas Suassuna e onde morava Lulinha, sem pagar aluguel.
Com isso, a PF solicitou e a juíza Gabriela Hardt autorizou as buscas no endereços de Pedro Jereissati e da Iguatemi Empresa de Shopping Centers S/A.
Por meio de nota, o Grupo Jereissati afirmou que deixou, há anos, de ser acionista das empresas de telefonia móvel investigadas e que está "prestando todo auxílio necessário à investigação".
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Comentários (4)
Jabz
2019-12-10 14:05:21Esse filho do lullaladrao é um bandido igual ao pai....cadeia para esse vagabundo
ANTONIO
2019-12-10 13:52:29Creio que estão confundindo o senador Tasso com seu irmão Carlos Jereissati. Este, sim, o proprietário da empresa .
Massaaki
2019-12-10 13:43:57Interessante. Punam a todos! Palocci havia afirmado em suas delações que se investigassem e produzissem provas efetivas, boa parte do PIB não ficaria em pé. O que ele sugeriu é que havia gente dos mais diversos setores e portes de empresas que se envolveram em negociatas. Basta investigar. Há trabalho para 10.000 operações lavajato.
Antonio
2019-12-10 13:39:00Até quê enfim! A água está na altura da boca.