Justiça nega quebra de sigilo e bloqueio de bens da família de Paulo Preto
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou um pedido do Ministério Público paulista para quebrar os sigilos bancário e fiscal e bloquear os bens da família do engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto (foto). Ex-diretor da Dersa e suposto operador do PSDB, ele foi condenado por desvio de dinheiro nas obras do...
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou um pedido do Ministério Público paulista para quebrar os sigilos bancário e fiscal e bloquear os bens da família do engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto (foto). Ex-diretor da Dersa e suposto operador do PSDB, ele foi condenado por desvio de dinheiro nas obras do Rodoanel e está preso no Paraná, acusado de lavar dinheiro para a Odebrecht.
O pedido do promotor Ricardo Manuel Castro, que investiga possível ato de improbidade administrativa nas obras coordenadas por Paulo Preto, abrangia, além do engenheiro, a mulher dele, Ruth Arana de Souza, as duas filhas, Priscila e Tatiana, e a empresa P3T Empreendimentos e Participações. Souza teria transferido para a empresa todos os bens, após o início da Lava Jato.
O objetivo era ter acesso às movimentações financeiras de maio de 2007 a dezembro de 2010, quando Paulo Preto foi diretor da Dersa no governo José Serra, do PSDB, e evitar possível dilapidação do patrimônio que teria sido adquirido de forma ilícita para reparar os danos causados ao erário, em caso de condenação. O pleito, porém, já havia sido indeferido duas vezes na primeira e segunda instância da Justiça estadual.
Nesta segunda-feira, 25, os desembargadores Sidney Romano dos Reis, Reinaldo Miluzzi e Maria Olívia Alves, da 6ª Câmara de Direito Público, rejeitaram de vez a medida, alegando que o sigilo de Paulo Preto já foi quebrado anteriormente e que a mulher e as filhas dele não constam como investigadas no inquérito. Os magistrados concluíram ainda que o promotor não demonstrou o periculum in mora (receio de que a demora da decisão judicial dificulte reparação do dano causado) necessário para decretar o bloqueio de bens neste momento.
Em uma consulta que gravou com a astróloga Maricy Vogel antes de ser preso em fevereiro deste ano, revelada por Crusoé, Paulo Preto disse que a Lava Jato só havia conseguido bloquear uma conta sua no Brasil com 1.000 reais e que o dinheiro guardado no exterior havia escapado da medida. Segundo documentos enviados por autoridades da Suíça, uma offshore atribuída a ele chegou a acumular 113 milhões de reais naquele país. Em 2017, o dinheiro foi transferido para as Bahamas. "Quando bloquearam não tinha mais nada", afirmou Paulo Preto à astróloga.
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Comentários (10)
Guilherme
2019-11-27 22:15:17Justiça vagabunda. Por isso não saímos do lugar. Juízes corruptos e bosais.
Guido
2019-11-27 16:19:25Como será que ele conseguiu essa façanha ?..??
Paulo
2019-11-27 15:58:50Só rindo, ou vomitando!!! 🤮
Marcelo
2019-11-27 14:43:06Os poderosos compram decisões judiciais como se fossem banana em feira livre. LAVA TOGA JÁ!!!
José
2019-11-27 13:52:43É assim que os corruptos com dinheiro vão se safando tranquilamente.
Sérgio
2019-11-27 13:24:35A minha pergunta é. Quando que a lava jato chegará em São Paulo? Tá demorando demais.
Luiz
2019-11-27 13:16:00A perpetuação da impunidade e a proteção de corruptos, ladrões públicos, parece que está virando regra no Brasil.
Serra Nunes Aécio
2019-11-27 13:12:31Porque a Justiça de São Paulo não funciona? Até quando vão esconder o sol com peneira? Só pode ter o rabo preso!
Benicio
2019-11-27 12:59:08Este é o BRASIL da IMPUNIDADE, aqui só vai para cadeia os pobres que não possuem dinheiro(Recursos) para recorrer, para eles é prisão na certa, enquanto bandidos que possuem condições financeiras enchem os bolsos do sistema judiciário de todas as instâncias, uma coisa é ser paciente do STF bem outra é ser paciente do estado.
Paulo
2019-11-27 12:34:47A luta a favor da corrupção é geral. Vai do STF até os juízes de instâncias inferiores. Quando alguém fala metaforicamente em AI-5 todos ficam indignados.