ANÁLISE: Datafolha mantém interrogação sobre a corrida presidencial
A pesquisa Datafolha divulgada na noite desta segunda-feira é muito ruim para Marina Silva, ruim para Geraldo Alckmin, boa para Jair Bolsonaro e um pouco melhor, mas não muito, para Fernando Haddad e Ciro Gomes. Embora houvesse grande expectativa por uma oscilação considerável de Jair Bolsonaro em razão da tentativa de homicídio que ele sofreu...
A pesquisa Datafolha divulgada na noite desta segunda-feira é muito ruim para Marina Silva, ruim para Geraldo Alckmin, boa para Jair Bolsonaro e um pouco melhor, mas não muito, para Fernando Haddad e Ciro Gomes.
Embora houvesse grande expectativa por uma oscilação considerável de Jair Bolsonaro em razão da tentativa de homicídio que ele sofreu na última quinta-feira, a pesquisa mostra que foi na disputa pelo espólio dos votos de Lula que ocorreu a principal movimentação.
Marina Silva, da Rede, outrora a maior beneficiária do voto lulista, perdeu essa posição. Caiu de 16% para 11%. É a maior prejudicada com a pesquisa dentro do campo político da esquerda. Ela mostra que a disputa pelos votos do ex-presidente deve ficar mesmo entre o petista Fernando Haddad, que subiu de 4% para 9% (uma ascensão ainda modesta, de cinco pontos, mas acima da margem de erro e a maior entre todos os candidatos), e o pedetista Ciro Gomes, que passou de 10% para 13%.
Já para o tucano Geraldo Alckmin, principal postulante do centro, pior do que a estagnação (ele oscilou de 9% para 10%) é a constatação de que seu latifúndio no horário eleitoral gratuito tem ajudado pouco.
Ainda convalescente da facada que quase lhe tirou a vida, Bolsonaro pode olhar o levantamento sob duas óticas. A otimista é que ele ainda é o líder isolado nas pesquisas de intenção de voto e está com o pé no segundo turno. A pessimista é que não houve uma arrancada, como se esperava. Pelos números do Datafolha, é pouco provável que ele ganhe no primeiro turno, como aventa o comando de sua campanha.
Havia expectativa de que ocorresse com o capitão reformado um fenômeno semelhante ao que Marina Silva experimentou em 2014 após a morte de Eduardo Campos. Naquela ocasião, a candidata da Rede saltou de menos de 10% para mais de 30%. O crescimento de Bolsonaro, de 22% para 24% das intenções de voto, ocorre dentro da margem de erro, muito provavelmente em razão do seu ainda elevado índice de rejeição: 43%. É também a alta rejeição que explica o fato de ele, sempre segundo o resultado do Datafolha, só ter chances de vitória no segundo turno contra Fernando Haddad, do PT. Perde para todos os outros.
No último pelotão aparece João Amoêdo, do Novo, que subiu de 2% para 3% e está empatado com velhos conhecidos da política nacional, como o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, do MDB, e o ex-governador e senador Alvaro Dias, do Podemos.
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Comentários (10)
Fernando
2018-09-12 02:23:26Amoedo herdará votos de Álvaro Dias que irá esvaziar de vez. E Alkmin chegará a 18!
Eh-vidente
2018-09-11 13:24:27Nas conversas de rua ouço votos nulos se transformando em Bolsonaro....e no partido 17 sem escolha específica de candidato para que ele tenha apoio...
Nelson Irritando
2018-09-11 12:31:00Que feios esses parlatórios! Podiam substituir por esteiras. Assim, pelo menos esses candidatos fariam alguma coisa útil durante o debate.
Cássio
2018-09-11 12:05:46A pesquisa foi ruim para Bolsonaro e Marina, boa para Alckmin, Ciro e Haddad. Bolsonaro perde em todas no segundo turno e isso vai pressioná-lo no primeiro. Ciro subiu e agora é possível ir para o segundo turno. Alckmin passa a ser a única alternativa para evitar a volta da esquerda ao poder, já que a Marina despencou (porque?). Essa é a minha análise.
Plinio
2018-09-11 10:11:00Quem foi premiado no atentado deve estar comemorando e animado 🤡
João
2018-09-11 09:02:37Analisem: Na espontânea, Bolsonaro tem 20%; Ciro 5%; Alckmin 3% e Marina 2%. Na estimulada: Bolsonaro 24%, Ciro 13%, Marina 11% e Alckmin 10%. Todos crescem em torno de 3 vezes,menos Bolsonaro...
Anassilvia
2018-09-11 05:22:15Não acredito no DataFolha. A Folha é um jornal sem qualquer credibilidade, tendencioso. A colunista social da folha não tem a menor credibilidade.
Zéz
2018-09-11 03:27:05>Datafoice >confiável Escolha um. É literalmente a pesquisa outlier
Caio
2018-09-11 00:38:02A esquerda está colocando toda energia nestas pesquisas. Sei que são fraudadas e sem credibilidade. Mas isso daria “lastro” ao resultado emitido pelas urnas, também fraudadas. Como encarar esse encadeamento de fraudes? Qual seria o “antídoto” para isso se os “donos” das urnas são de esquerda? Pois se a urna refletir a realidade basta ver as ruas e o volume espontâneo de Bolsonaro.
Madame Blavatsky
2018-09-11 00:13:22Datafalha nunca folha...