Para delegado, intermediários ajudaram Temer a lavar dinheiro da Odebrecht
Além de afirmar que o presidente Michel Temer cometeu crime de corrupção passiva ao receber propina da Odebrecht, a Polícia Federal viu indícios de lavagem de dinheiro nas operações. A PF concluiu o inquérito sobre supostos repasses ilícitos da empreiteira ao MDB e enviou relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira. Segundo o delegado Thiago...
Além de afirmar que o presidente Michel Temer cometeu crime de corrupção passiva ao receber propina da Odebrecht, a Polícia Federal viu indícios de lavagem de dinheiro nas operações. A PF concluiu o inquérito sobre supostos repasses ilícitos da empreiteira ao MDB e enviou relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira.
Segundo o delegado Thiago Delabary, em março de 2014, Temer recebeu ao menos 1,4 milhão de reais da construtora por meio por meio de seu amigo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima. A polícia diz ainda que o pedido para esses recursos veio do ministro Moreira Franco.
Em uma gravação telefônica, o relatório detalha conversas entre o coronel Lima, preposto do presidente, e um entregador de dinheiro da Odebrecht. "O senhor já tá no local daquela encomenda?", pergunta Edimar Moreira Dantas, funcionário da entregadora de valores.
O delegado Delabary diz tratar-se de "complexo sistema de pagamento voltado não apenas à ocultação do dinheiro, mas também à dissimulação de sua origem". Ele ressalta que os interlocutores indicados para receber as propinas eram da "esfera pessoal" dos investigados, em vez de serem tesoureiros de campanha ou ligados a partidos políticos.
Delabary ainda diz que, se o dinheiro tivesse destinação eleitoral, como costumam argumentar os investigados, haveria canais legais para isso. Ele vê na utilização de interpostas pessoas para operar a transferência dos valores a prova de que se tratou de uma operação de lavagem de dinheiro que teria beneficiado diretamente o presidente da República.
Além de Temer, coronel Lima e Moreira Franco, a PF disse que também cometeram crimes o ministro Eliseu Padilha, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, José Yunes e Paulo Skaf, aliado de Temer e candidato do MDB ao governo paulista. Também são mencionados como participantes do esquema Ibanez Ferreira, ex-assessor de Padilha, Altair Alves Pinto, ex-assessor de Cunha, e José Eduardo Cavalcanti, ex-assessor de Skaf. Da Odebrecht a lista inclui o empreiteiro Marcelo Odebrecht e os executivos Cláudio Melo Filho, Benedicto Barbosa e Paulo Henyan.
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Comentários (2)
ESPEDITO
2018-09-06 08:25:45Esta se aproximando o grande dia da justiça brasileira concluir esta ação cirurgica com a estirpação deste cancer implantado no Brasil a partir de 2003. O povo esta cansado de todos os dias se deparar com noticias deste porte
Carlos Melo
2018-09-06 00:40:59O tal Coronel Lima ainda está impossibilitado de depor??? A PF está de brincadeira com a cara do povo!! Pega esse vagabundo e espreme o saco murcho dele até ele falar toda a safadeza e tambem parar de inocentar o bandido-vampire-president. O Brasil é um país de bandidos e palhaços