O impacto da saída de John Bolton para Venezuela e Irã
"Se fosse pelo John (Bolton), nós já estaríamos em quatro guerras agora", disse o presidente Donald Trump, segundo um de seus assessores que conversou com o New York Times. O conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton (na foto, com Trump), demitido nesta terça-feira, 10, não acreditava nas negociações diplomáticas e era a favor de ações...
"Se fosse pelo John (Bolton), nós já estaríamos em quatro guerras agora", disse o presidente Donald Trump, segundo um de seus assessores que conversou com o New York Times.
O conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton (na foto, com Trump), demitido nesta terça-feira, 10, não acreditava nas negociações diplomáticas e era a favor de ações duras em várias frentes internacionais.
Ainda que Trump não tenha anunciado o nome de seu substituto, já é possível prever algumas mudanças nas relações com outros países.
Na Venezuela, a saída de Bolton deve fortalecer Elliott Abrams, o representante especial de Washington para a Venezuela, governada pelo ditador Nicolás Maduro. "John Bolton estava muito focado na realização de eleições supervisionadas, mas sua insistência nisso não levou a nada. A pressão dos Estados Unidos dentro da Venezuela não se concretizou. O presidente interino Juan Guaidó já está lá há nove meses com apoio americano e não obteve nenhum resultado", diz o especialista em relações internacionais venezuelano Luis Daniel Alvarez, da Universidade Central da Venezuela.
Elliott Abrams tem falado mais em negociar, em entender o outro lado. "Ele chegou até a defender, de forma muito sutil, as negociações com o governo de Maduro na Noruega. Suas posições são mais próximas das posturas da União Europeia e do Grupo de Lima", diz Alvarez.
Quanto ao Irã, também é provável que a diplomacia seja retomada em algum momento. Na reunião do G7 em Biarritz, no sul da França há duas semanas, o presidente francês Emmanuel Macron tentou até agendar uma reunião entre Trump e o presidente iraniano, Hassan Rouhani. Mas o empurrão francês não foi bem recebido em Washington. Com a saída de Bolton, as conversas podem voltem a andar.
"Se o objetivo era envolver o Irã diplomaticamente, então é difícil imaginar alguém pior do que Bolton para essa função", diz o iraniano-americano Ali Vaez, diretor do Projeto Irã no International Crisis Group, em Washington. "Agora, a partida de Bolton oferece uma oportunidade real para a iniciativa do presidente Macron de reduzir as tensões entre o Irã e os americanos."
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Comentários (10)
GILMAR
2019-09-11 11:00:05Se a Siria e o Iraque não possuem a bomba atômica, devemos agradecer a Israel e quando o Irã fizer a sua demonstração em Tel Aviv, devemos agradecer aos Estados Unidos, principalmente Obama e Trump.
ILZA
2019-09-11 09:57:30E agora Brasil pra que lado vais pender (sobre a Venezuela)?
MarcoA
2019-09-11 09:08:09A grande realidade é que para todo problema dificil existe uma soluçáo?????...... a tentaçáo do inepto é responder "FACIL"...mentira, dificil, sempre dificil e para isso é necessário gente preparada,,,infelizmente em politica internacional estamos regredindo a idade das trevas, seja peo lider mor, filhotes e gestor do processo,,,,coisa muita chata esse governo,,,no banheiro, fazendo a barba pela manhá, o trump deve morrer de rir da babaçáo de ovo dos bobos do sul,,,pobre Brasil
Ivanhoé
2019-09-11 07:32:13Como pode ser considerado isolacionista um presidente que conversa até com o Kim Jong-Un?
Elias
2019-09-11 06:03:38Formar uma opinião com base em um documentário do Netflix, é muita falta de maturidade!
Ivanhoé
2019-09-11 00:12:36Se a Crusoé fosse americana, seus jornalistas iriam apontar este fato como mais uma prova do conluio entre Trump e os russos.
Leandro
2019-09-10 20:45:29NAO DA PRA ENTENDER COMO O POVO AMERICANO ELEGEU UM PSICOPATA CORRUPTO E RACISTA, PRA DIZER O MINIMO, PARA A CASA BRANCA. QUEM QUISER SABER UM POUCO MAIS SOBRE A BESTA FERA, ASSISTA NA NETFLIX O DOCUMENTARIO - NA ROTA DO DINHEIRO SUJO. TEM UM CAPITULO SO SOBRE ELE.
LuisR
2019-09-10 18:01:26O Witzel disse que irá contratar o John pro conselho do Bope!! Que nada a ver!
Azinerito
2019-09-10 17:41:48Pena de morte e pouco pra essa organização criminosa que estar por todos a América.
Odete6
2019-09-10 17:28:43Cada caso é um caso mas, é difícil imaginar, por exemplo, "negociação" com um marginal psicopata, debilóide, mentiroso e dissimulado doentio, como o ditadoreco venezuelano! As únicas possibilidades imagináveis nesses casos são camisa de força com remoção compulsória seguida de prisão perpétua ou pena de morte, dependendo do país!