Alegação russa de ataque à residência de Putin é "manobra de distração"
Para chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, Moscou tenta sabotar o "verdadeiro progresso rumo à paz"
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, afirmou nesta quarta-feira, 31, que a alegação russa de um ataque ucraniano com drones à residência do ditador Vladimir Putin é uma "manobra deliberada de distração" do Kremlin.
Para a vice-presidente da Comissão Europeia, Moscou tenta sabotar o "verdadeiro progresso rumo à paz por parte da Ucrânia e seus parceiros ocidentais".
"A alegação da Rússia de que a Ucrânia recentemente atacou importantes instalações governamentais na Rússia é uma manobra deliberada de distração. Moscou visa sabotar o verdadeiro progresso rumo à paz por parte da Ucrânia e seus parceiros ocidentais.
Ninguém deve aceitar as alegações infundadas do agressor que tem atacado indiscriminadamente a infraestrutura e os civis da Ucrânia desde o início da guerra", escreveu Kallas no X.
O ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, agradeceu à chefe da diplomacia europeia "por sua postura de princípios e por este alerta oportuno a todos os estados para que não caiam nas manipulações russas e nas tentativas de obstruir e minar os esforços de paz".
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As acusações russas
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, acusou na segunda-feira, 29, o “regime de Kiev” de ter lançado um “ataque terrorista” contra a casa do ditador russo, Vladimir Putin, em Novgorod.
A residência fica localizada a 500 quilômetros de Moscou.
“Na noite de 28 para 29 de dezembro, o regime de Kiev lançou um ataque terrorista utilizando 91 veículos aéreos não tripulados de longo alcance contra a residência oficial do Presidente da Federação Russa na região de Novgorod. Todos os veículos aéreos não tripulados foram destruídos pelos meios de defesa antiaérea das Forças Armadas da Federação Russa.
Não há dados sobre vítimas ou danos causados pelos destroços dos UAV.
Note-se que esta ação foi cometida durante negociações intensas entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a resolução do conflito ucraniano.
Tais ações imprudentes não ficarão sem resposta. Os alvos para ataques retaliatórios e o momento da sua execução pelas Forças Armadas Russas já foram determinados.
Ao mesmo tempo, não pretendemos retirar-nos do processo de negociação com os Estados Unidos. Concomitantemente, dada a degeneração final do regime criminoso de Kiev, que passou a adotar uma política de terrorismo de Estado, a posição de negociação da Rússia será reconsiderada”, disse Lavrov em comunicado.
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