María Corina envia alerta a Honduras antes de eleição
Às vésperas do pleito, líder da oposição venezuelana pede vigilância redobrada diante das denúncias de fraude
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado (foto), enviou uma mensagem ao povo hondurenho às vésperas das eleições presidenciais.
O pleito está marcado para o próximo domingo, 30.
Em vídeo, María Corina enviou "um abraço caloroso, repleto de profundo respeito, ao amado povo de Honduras" e ressaltou que toda a América Latina acompanha o processo eleitoral.
“No dia, saiam bem cedo, com suas famílias, com a calma determinação de quem sabe que está defendendo o que é mais sagrado: o direito de decidir o próprio destino”, diz María Corina.
Corina lembrou que o voto é manual.
Com isso, segundo ela, a lei permite a presença de cidadãos como observadores durante a apuração.
Ela orientou às pessoas que não deixem os centros eleitorais antes da contagem final das cédulas, afirmando que “sua presença é uma forma cívica, poderosa e legítima de defender a democracia”.
Venezuela
María Corina fala com a autoridade de quem já enfrentou fraudes eleitorais.
Em 28 de julho do ano passado, Edmundo González Urrutia venceu as eleições, mas o ditador e recusou-se a divulgar as atas.
No vídeo, ela mencionou essa experiência, dizendo saber o que significa “confrontar estruturas de poder que tentam impor silêncio e medo”.
Mas ressaltou que “quando um povo se levanta com dignidade, coragem e amor, nada pode detê-lo”.
Cenário político
A mensagem de María Corina reforça olhar estrangeiro sobre o clima político em Honduras.
O pleito está sendo observado pela União Europeia, Organização dos Estados Americanos (OEA) e Estados Unidos.
Mais de seis milhões de hondurenhos estão aptos a votar.
Os principais são Rixi Moncada, do partido governista Libre, Nasry "Tito" Asfura, do Partido Nacional, e Salvador Nasralla, do Partido Liberal.
O país vive um ambiente de forte polarização, com a disputa concentrada entre o bloco de esquerda e as forças tradicionais de direita.
Os partidos de oposição acusam o governo de esquerda de tentar manipular o processo eleitoral.
A atual presidente, Xiomara Castro, apoia abertamente Rixi Moncada, que foi ministra da Defesa em seu governo.
Moncada afirma estar comprometida em “dar continuidade ao projeto de refundação” iniciado por Castro.
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