Outras vezes em que Renato Freitas alegou ser vítima de racismo
Petista já reclamou de discriminação após invasão de igreja e em revista pessoal de aeroporto
O deputado estadual petista Renato Freitas (foto) publicou um vídeo para comentar a briga de rua em que se envolveu na quarta-feira, 19, em Curitiba.
Entre os motivos apontados para explicar a cena, o deputado afirmou ter sido vítima de racismo.
“Salve, salve, família. Muita gente veio perguntar o que que aconteceu hoje, o que levou o deputado Renato Freitas a brigar na rua. E eu te respondo: infelizmente o motivo foi o mesmo que fez eu brigar na rua desde que eu era criança, do ensino fundamental, do campinho da rua. Racismo, humilhação, injúria, violência, agressão”, disse Freitas.
O deputado, contudo, não disse qual fala ou gesto do homem que foi visto lutando com ele poderia ter sido considerada racista. "O fato é que hoje eu estava com a minha amiga, também negra, nós dois atravessando a rua, e o cara tocou o carro em cima de nós, para dar um choque, para mostrar que ele tem um carro, que ele tem poder, ou sei lá o quê. Entendeu?”, afirmou.
Racismo é crime inafiançável e imprescritivel no Brasil.
Essa não foi a primeira vez que Renato Freitas alegou ser vítima de racismo.
Invasão de igreja
Em fevereiro de 2022, de Freitas, então vereador, liderou uma invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba.
Dezenas de pessoas, com bandeiras do PT e do PCB, entraram no templo e começaram a gritar palavras como “racistas” e “fascistas”.
Seria um protesto pela morte do congolês Moïse Mugenyi, no Rio de Janeiro.
Freitas teve o mandato cassado após esse episódio.
Mais tarde, por intervenção do então ministro do STF Luís Roberto Barroso, ele recuperou o mandato.
Ao reassumir o posto, Freitas discursou na Câmara de Curitiba. Ele falou que viveu uma “batalha contra o racismo, contra a hipocrisia e contra a maldade”.
“Quero agradecer aos vereadores que tentaram me cassar, afundados em sua própria cobiça, cegueira e ódio. [Eles] tornaram possível e pública uma questão importante, [sobre] qual o papel da igreja na luta contra o racismo, das Casas Legislativas contra o racismo, da sociedade curitibana contra o racismo”, disse.
Raio-X
Em dezembro de 2022, Freitas afirmou ter sido vítima de racismo ao ser abordado por agentes da Polícia Federal durante uma viagem de avião em Foz do Iguaçu, no Paraná.
"Bando de racistas, ignorantes. Tudo certo? Sim, tirando o fato de ser humilhado. Todo mundo passa por isso? Quantas pessoas desse voo saíram no meio do voo escoltados pela Polícia Federal para ser revistado?", afirmou.
No ano seguinte, Freitas alegou ter sido vítima de racismo ao passar por um aparelho de raio-X no aeroporto de Curitiba.
"Há uma justificativa genérica de revista aleatória, mas não há um dado objetivo, de transparência de quais são os critérios. Ela agiu como se tivesse lidando com um suspeito, não há dúvidas de que há critério racial. Fui alvo de discriminação e não posso nem questionar", afirmou.
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