Antes da COP30, Reino Unido desiste de fundo para florestas
Proposto pelo governo Lula, o TFFF espera arrecadar 125 bilhões de dólares para governos e comunidades locais
Embora o primeiro-ministro Keir Starmer e príncipe William estejam no Brasil para participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, o Reino Unido decidiu não contribuir para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), principal fundo destinado à proteção da Amazônia e outras florestas tropicais ameaçadas.
Proposto pelo governo Lula, o fundo visa arrecadar 125 bilhões de dólares para governos e comunidades locais. O petista espera conseguir pelo menos 25 bilhões de dólares de países desenvolvidos, como o Reino Unido, que participam do evento.
Segundo o Guardian, o governo britânico está preocupado com o funcionamento prático do fundo, que ainda está em estágio inicial.
Downing Street não descarta a possibilidade de contribuir diretamente para o fundo no futuro, mas não deve participar neste momento.
Além de não participar, o governo do Reino Unido é acusado de tentar persuadir a Alemanha a não investir no TFFF.
Na gestão de Joe Biden, os Estados Unidos eram vistos como um possível contribuinte.
Com Donald Trump à frente da Casa Branca, os EUA também não vão aderir ao fundo.
Crusoé entrou em contato com a embaixada do Reino Unido em Brasília, mas ainda não obteve retorno.
Constrangimento
No Rio de Janeiro, o príncipe William entregou o Earthshot, premiação ambiental para a qual o TFFF estava indicado.
Participante da categoria Proteger e Restaurar a Natureza, o fundo de Lula foi derrotado pela startup brasileira re.green, laureada por seu projeto que utiliza inteligência artificial e dados de satélite para restaurar florestas e gerar empregos.
Como prêmio, a startup recebeu 1 milhão de libras, o equivalente a 7,3 milhões de reais.
Os planos de Starmer
Apesar de não contribuir para o TFFF, Starmer disse que o Reino Unido está "liderando o caminho" no combate à crise climática, com foco em energia limpa.
"A Grã-Bretanha não está esperando para agir – estamos liderando o caminho, como prometemos. Energia limpa não significa apenas segurança energética, para que Putin não possa nos oprimir: significa contas mais baixas para famílias trabalhadoras em todo o Reino Unido."
A expectativa é que ele anuncie novos investimentos na economia de baixo carbono, com o objetivo de impulsionar o crescimento econômico.
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