Trump não gostou da foto de capa da 'Time'
"Eles 'desapareceram' meu cabelo", reclamou o presidente dos Estados Unidos, que ficou satisfeito, pelo menos, com a matéria de capa

Donald Trump elogiou a reportagem de capa da revista Time sobre sua atuação no acordo de paz em Gaza. Mas não gostou da foto escolhida para ilustrá-la.
"A revista Time escreveu uma matéria relativamente boa sobre mim, mas a foto pode ser a pior de todos os tempos. Eles 'desapareceram' meu cabelo e, em seguida, colocaram algo flutuando no topo da minha cabeça que parecia uma coroa flutuante, mas extremamente pequena. Muito estranho! Eu nunca gostei de tirar fotos de ângulos inferiores, mas esta é uma foto péssima e merece ser criticada. O que eles estão fazendo e por quê?", reclamou o presidente americano em sua rede social, Truth Social.
A capa da revista exibe o título "Seu triunfo", e a reportagem principal da edição conta "Como o governo Trump selou o acordo de cessar-fogo em Gaza".

A arte da negociação
"Donald Trump sempre acreditou que a arte do acordo poderia resolver qualquer coisa", diz o texto, fazendo referência ao título do clássico de Trump, The Art of the Deal.
"Era seu lema nos negócios, e depois na política: a convicção de que todo conflito, por mais intratável que seja, pode ser negociado até a submissão. Por isso, quando se concentrou em um dos seus objetivos mais complexos para o segundo mandato — acabar com a guerra em Gaza entre Israel e o Hamas —, não recorreu a diplomatas ou generais. Convocou dois homens que falavam a sua língua: Steve Witkoff, um colega empreendedor imobiliário que se tornou enviado especial, e Jared Kushner, seu genro e a ponte da família para o Oriente Médio", descreve a Time.
Segundo a revista, "após esforços meticulosos, Witkoff e Kushner chegaram à estrutura de um acordo que promete, pelo menos por enquanto, acalmar um dos conflitos mais desestabilizadores do mundo".
A reportagem foi publicada na sexta-feira, 10, dias antes da libertação dos 20 últimos reféns vivos pelo Hamas, que ocorreu na segunda-feira, 13, assim como a assinatura do acordo de paz, que foi celebrada com pompa por Trump no Egito.
Sem Nobel
Empenhado nas últimas semanas em chegar a um cessar-fogo em Gaza, Trump demonstrou incômodo por não ter recebido o prêmio Nobel da Paz, anunciado na sexta-feira para María Corina Machado, principal opositora da ditadura de Nicolás Maduro.
“A pessoa [María Corina] que, na verdade, venceu o Prêmio Nobel, ela me ligou hoje e me disse: ‘Estou aceitando isso em sua honra, porque você realmente merecia’. Uma coisa muito legal que ela fez. Eu não disse para ela me dar, eu não disse ‘então dá para mim’. Talvez tivesse dado, ela foi muito gentil“, comentou Trump.
O diretor de Comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, já tinha deixado o incômodo bem claro horas antes do comentário de Trump:
“O presidente Trump continuará fazendo acordos de paz, acabando com guerras e salvando vidas. Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, capaz de mover montanhas com a força de sua vontade. O Comitê Nobel provou que eles colocam a política acima da paz.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)