Trump diz estar ficando sem paciência com Putin
Trump diz que paciência com Putin se esgota enquanto OTAN reforça defesa aérea após incursão de drones russos na Polônia

Donald Trump afirmou nesta sexta-feira que sua “paciência com Vladimir Putin está se esgotando rapidamente”, em meio a uma escalada de tensões envolvendo incursões de drones russos no espaço aéreo da Polônia, membro da Otan, e manobras militares conjuntas entre Rússia e Bielorrússia que preocupam a aliança militar da qual os EUA são parte.
Durante entrevista ao canal Fox News, Trump disse que já impôs prazos a Moscou para acabar com o conflito com a Ucrânia, mas que, até agora, não houve sanções ou penalidades adicionais.
Ele destacou que medidas como tarifas ou sanções sobre bancos e petróleo estão na mesa, e espera participação europeia, embora tenha reiterado que a Europa sofre mais diretamente com os efeitos do conflito.
O episódio mais recente que parece ter motivado esse endurecimento de Trump ocorreu depois de 19 drones russos terem invadido no espaço aéreo polonês vindos da Bielorrússia (analisamos isso aqui) autoridades polonesas rejeitam a tese de que se tratou de um erro, classificando a ação como deliberada.
A resposta da OTAN inclui prontidão elevada, com nações aliadas reforçando defesas aéreas.
O contexto político interno mostra um Trump, como sempre, ameaçando o ditador Vladimir Putin no que parece uma tentativa de equilibrar críticas sobre a necessidade de ações mais duras contra a Rússia com a cautela para evitar um confronto direto que possa arrastar aliados ou gerar impactos econômicos.
A promessa de “uma resposta muito forte” sugere que medidas futuras poderão ser recalibradas, priorizando sanções ou tarifas, em vez de intervenção militar direta, mas ele já fez ameaças desse tipo antes e que acabaram antecedendo uma calorosa recepção com tapete vermelho ao líder russo no Alasca, em agosto passado.
A tensão se intensifica à medida que a Polônia insiste que a incursão de drones não foi um erro, mas uma provocação, e que as manobras militares de grande porte batizadas de Zapad, realizadas por Rússia e Belarus na sua fronteira, aumentam a vigilância e tensão da OTAN.
Autoridades polonesas e aliados mantêm o espaço aéreo em alerta, enquanto Trump sinaliza que a diplomacia americana segue atenta, mas condicionada a resultados concretos de Moscou, que segue enrolando e ganhando tempo para seguir atacando a Ucrânia.
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