'Fracasso diplomático', diz Ucrânia sobre cúpula na China
O governo ucraniano também cobrou um "papel mais ativo de Pequim" para levar paz à Ucrânia

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou nesta segunda-feira, 1º de setembro, que a ausência de menção à invasão russa ao território ucraniano na declaração final da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), realizada em Tianjin, na China, foi um "fracasso dos esforços diplomáticos" de Moscou.
Para a chancelaria ucraniana, o Kremlin sofreu mais uma derrota ao tentar apresentar o mundo como dividido em suas avaliações sobre a guerra no leste europeu.
O governo ucraniano também cobrou um "papel mais ativo de Pequim", dado o "significativo papel geopolítico da China", para levar paz à Ucrânia.
Eis o comunicado na íntegra:
"O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia levou em consideração os resultados da reunião do Conselho de Chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai em Tianjin.
Consideramos significativo que o principal documento final da cúpula, a Declaração de Tianjin de 20 páginas, não contenha nenhuma menção à guerra da Rússia contra a Ucrânia.
É surpreendente que a maior guerra de agressão na Europa desde a Segunda Guerra Mundial não tenha sido refletida em um documento tão importante e fundamental, embora mencione uma série de outras guerras, ataques terroristas e eventos no mundo.
Estamos convencidos de que, sem um fim justo à agressão russa contra a Ucrânia, não podemos falar sobre desenvolvimento global sustentável, paz e segurança internacionais, adesão aos princípios da Carta da ONU ou desenvolvimento estável e equitativo das relações comerciais entre as regiões do mundo.
A ausência de qualquer menção à guerra da Rússia contra a Ucrânia na declaração da cúpula da OCX indica o fracasso dos esforços diplomáticos de Moscou.
O Kremlin sofreu outra derrota em seus esforços para apresentar o mundo como dividido em suas avaliações da agressão da Rússia contra a Ucrânia e para impor a noção de que estados fora da Europa e da América do Norte têm uma visão favorável da Rússia sobre as causas, consequências e maneiras de encerrar sua guerra contra a Ucrânia.
É óbvio que Moscou não conseguiu levar as posições dos estados participantes sobre esta questão a um denominador comum que fosse adequado à Federação Russa.
Confirmamos nossa posição sobre a necessidade de todos os Estados amantes da paz cumprirem as normas do direito internacional e da Carta da ONU ao avaliar a agressão russa contra a Ucrânia.
Dado o significativo papel geopolítico da China, gostaríamos de receber um papel mais ativo de Pequim para trazer paz à Ucrânia, com base no respeito à Carta da ONU."
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