Lula sobe, Trump desce
Enquanto Lula vai ganhando aprovação, pesquisa da The Economist mostra que Trump enfrenta seu pior resultado nos seus 7 meses de mandato

Enquanto na pesquisa da Quaest Lula vai ganhando aprovação, uma pesquisa da revista The Economist/YouGov mostra que Trump enfrenta seu pior resultado nos seus 7 meses mandato, pressionado por economia fraca e perda de apoio interno.
A rodada de 15 a 18 de agosto da Economist/YouGov registrou 40% de aprovação e 56% de desaprovação para Trump. O principal motivo para esse resultado é a economia.
Mais americanos desaprovam do que aprovam o desempenho de Trump em empregos e economia (53% vs. 39%), o pior saldo econômico do segundo mandato.
Soma-se a isso a avaliação negativa da condução da de Trump na questão da guerra entre Rússia e Ucrânia (35% aprovam, 45% desaprovam) e rejeição a medidas federais contra universidades (57% desaprovam, 31% aprovam). Pela data da pesquisa, a reunião com Trump com Putin no Alasca já havia acontecido.
O quadro é reforçado por outras leituras nacionais que citam mercado de trabalho mais fraco e o endurecimento migratório como fatores de desgaste.
Essa pesquisa indica que Trump está com problemas em estados-chave, conhecidos como swing states, cruciais para suas perspectivas de ampliar o número de representantes Republicanos nas eleições legislativas de 2026.
A pesquisa indica uma tendência de queda em sua popularidade desde o início de seu mandato, sugerindo uma erosão gradual de apoio entre diversos segmentos da população.
Trump está com números piores no período comparado ao mesmo período das gestões de Obama, Biden e ao seus próprios primeiros 7 meses no mandato anterior.
Do lado brasileiro, como O Antagonista analisou aqui, a pesquisa Quaest mostra que a aprovação de Lula se apoia em indicadores de vida real: se a economia melhorou ou piorou, a facilidade para conseguir emprego, bem como poder de compra e a inflação de alimentos no último mês.
Mas há também o fator político externo: no embate com os EUA pelas tarifas anunciadas por Trump, Lula tem se beneficiado do papel de defensor dos interesses brasileiros contra a potência estrangeira, ainda que mais gente não o enxergue agindo corretamente diante desse cenário.
Nos EUA, o saldo de Trump está colado à avaliação negativa de empregos e preços, somado a ruídos de política externa e medidas impopulares no ensino superior. No Brasil, a popularidade de Lula se baseia nas percepções de poder de compra, alimentos, emprego e no rumo do país diante do conflito comercial.
Conforme os desdobramentos econômicos dessas escolhas políticas se materializarem no médio e longo prazo, vamos como essas trajetórias de Lula e Trump serão alteradas nas pesquisas.
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Comentários (1)
Eliane ☆
2025-08-20 14:37:20Não duvido da alegria ,da satisfação do Lula com todo esse "estardalhaço" causado pelos Bolsotrumpistas.