Brasil só evolui quando quebra
Reformas necessárias, como fim do foro privilegiado e introdução do voto distrital, só são discutidas quando país degringola

A política brasileira é avessa a reformas.
Fórmulas de sucesso em outros países raramente são colocadas voluntariamente na pauta do Executivo ou do Congresso.
Quando reformas são propostas, é porque o país atingiu o fundo do poço.
É este o momento agora.
A política vive um impasse. O ex-presidente Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar. O presidente Lula não sai do palanque e provoca o presidente americano Donald Trump sempre que pode, o que pode gerar novas tarifas contra produtos brasileiros.
E Lula começou uma farra fiscal embalada com um discurso sobre soberania, pensando nas eleições do ano que vem.
A gastança ocorre em pleno contingenciamento nas agências regulatórias e na Força Aérea Brasileira, a FAB.
Para 2027, já se sabe que não haverá verbas suficientes no Orçamento para saúde e educação.
E é nesse cenário calamitoso que começam a progredir as conversas sobre duas reformas importantes para o país: o fim do foro privilegiado e a introdução do voto distrital misto.
No domingo, 10, Gilberto Kassab, cacique do PSD, afirmou ao programa Canal Livre, na TV Bandeirantes, que acredita que o voto distrital misto deve ser aprovado em breve e apoiou o fim do foro privilegiado.
História
Foram necessários seguidos planos econômicos fracassados (Plano Cruzado, Bresser, Verão, Collor) para que o governo apresentasse o Plano Real, obtendo a estabilização da moeda. Em 2000, enfim, foi aprovada a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Das cinzas do petrolão, o maior escândalo de corrupção do mundo, nasceu a Lei das Estatais, em 2016.
Da crise econômica de 2015, gerada pelo governo de Dilma Rousseff (na foto, com Lula), vieram o teto de gastos em 2016, a Reforma Trabalhista, em 2017, a Reforma da Previdência, em 2019, e autonomia do Banco Central, em 2021.
Agora, com o Supremo Tribunal Federal (STF) atuando sem rédeas contra o Legislativo e Lula fazendo o impossível para arrancar um quarto mandato nas urnas, abre-se a oportunidade para novas reformas.
O triste é a situação precisar degringolar a tal ponto para que os políticos comecem a pensar no país, e não em si próprios.
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Comentários (1)
Andre Luis Dos Santos
2025-08-11 11:13:14Pois é, Duda, e o que dá pra esperar desse bando de VAGABUNDOS, e aqui eu incluo também o nosso Judiciário politizado, o mais caro e ineficiente do mundo, by the way.