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    IA ameaça reconfigurar a internet e sufoca sites de conteúdo

    Um artigo publicado recentemente pela revista britânica The Economist acendeu o alerta sobre uma transformação radical em curso na internet

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    Redação Crusoé
    5 minutos de leitura 15.07.2025 12:59 comentários 1
    Imagem: IA por José Inácio Pilar
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    Um artigo publicado recentemente pela revista britânica The Economist acendeu o alerta sobre uma transformação radical em curso na internet: o avanço da inteligência artificial (IA) está redesenhando o jeito dos usuários buscarem informações — e, com isso, colocando em risco o modelo econômico que sustentou por décadas a chamada rede aberta.

    Segundo o artigo, o fenômeno ganhou força desde o lançamento do ChatGPT, da OpenAI, em novembro de 2022. Desde então, centenas de milhões de pessoas passaram a usar o chatbot como principal ferramenta de busca. O impacto dessa mudança já é visível em dados concretos: estimativas da consultoria Similarweb indicam que o tráfego humano em motores de busca tradicionais caiu cerca de 15% entre junho de 2023 e junho de 2024.

    A grande diferença é que os chatbots baseados em IA oferecem respostas diretas às perguntas dos usuários — em vez de uma lista de links, como fazem os buscadores convencionais, como Google, Bing e Yahoo. O problema? Os sites que produzem as informações originais que alimentam essas respostas deixam de receber visitas e, portanto, também deixam de ganhar receita por meio de publicidade ou assinaturas.

    Plataformas como Google e Bing já perceberam a tendência e estão tentando se adaptar, incorporando resumos automáticos e modos conversacionais aos seus sistemas de busca. Mas o efeito colateral é ainda mais forte: ao dar as respostas direto na página de resultados, o Google faz com que boa parte dos usuários nem sequer clique nos links.

    A Similarweb estima que 69% das buscas por notícias hoje não resultam em visitas a sites — um salto bastante grande em relação aos 56% registrados antes da adoção dos resumos por IA.

    A The Economist destaca ainda que portais como Wikipedia, Stack Overflow, WebMD e outros sites de referência vêm sofrendo perdas substanciais de audiência. Os portais de saúde, por exemplo, registraram queda de 31% no tráfego. O Stack Overflow, famoso fórum de programadores, relata redução no número de perguntas publicadas e alerta que a IA está sufocando o tráfego da maioria dos sites de conteúdo.

    A reação dos produtores de conteúdo tem sido mista. Alguns vêm tentando negociar acordos diretamente com as grandes empresas de IA — a tática que Robert Thomson, CEO da News Corp, chamou de wooing and suing (seduzir e processar).

    A própria News Corp, dona do Wall Street Journal e do New York Post, fechou contrato com a OpenAI, mas também processa outras startups, como a Perplexity. O New York Times optou por um caminho semelhante: fechou acordo com a Amazon, mas abriu processo contra a OpenAI pelo uso indevido do seu conteúdo.

    Apesar dessas iniciativas, a reportagem da Economist ressalta que a maior parte dos sites da internet não tem escala nem poder de barganha para negociar ou mesmo processar. Para essa grande maioria, só resta tentar bloquear o acesso de bots de IA — o que, por outro lado, os exclui dos resultados de busca — ou adotar soluções alternativas, como ferramentas de cobrança por acesso automatizado.

    Uma dessas ferramentas é a Tollbit, que funciona como um paywall para bots e já processa milhões de microtransações de licenciamento. Outra proposta é da ProRata, startup que sugere repartir a receita publicitária gerada por respostas de IA com os sites originais dos quais os conteúdos de suas respostas foram extraídos.

    Enquanto isso, empresas como a Cloudflare tentam criar mecanismos mais amplos de controle sobre o uso de conteúdo por IA. A empresa lançou recentemente uma iniciativa para permitir que seus clientes cobrem bots por rastrear seus sites. O CEO Matthew Prince defende um modelo em que “os humanos tenham acesso gratuito ao conteúdo, mas os bots paguem caro por isso”.

    Para alguns, como Robby Stein, do Google, a internet não está morrendo, mas sim evoluindo. Ele aponta que o número de sites cresceu 45% em dois anos, e que a IA permite novas formas de busca — como tirar uma foto da estante e pedir recomendações de leitura. No entanto, como afirma Bill Gross, fundador da ProRata, “se a IA quiser sobreviver, e com ela a internet, a democracia e os criadores de conteúdo, será preciso compartilhar a receita”.

    O artigo da The Economist termina com um alerta: a morte da internet já foi prevista em outras épocas — como quando do surgimento das redes sociais e dos aplicativos móveis —, mas desta vez o impacto da IA pode ser mais profundo e estrutural. O futuro da internet dependerá, cada vez mais, de encontrar maneiras justas e sustentáveis de remunerar quem produz o conteúdo, justamente a fonte que alimenta as máquinas de IA.

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    Comentários (1)

    Sandra

    2025-07-15 14:11:38

    Uma resposta da IA nem sempre é certa, é um rascunho que informações diversas. O acesso a sites de jornais informa e discute, permitindo que as pessoas façam as suas avaliações gerais a partir de várias matérias sobre o mesmo conteúdo. A IA vai acabar criando e divulgando as suas próprias opiniões


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    Sandra

    2025-07-15 14:11:38

    Uma resposta da IA nem sempre é certa, é um rascunho que informações diversas. O acesso a sites de jornais informa e discute, permitindo que as pessoas façam as suas avaliações gerais a partir de várias matérias sobre o mesmo conteúdo. A IA vai acabar criando e divulgando as suas próprias opiniões



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