Gleisi também surfa na queda do dólar
Petistas tentam capitalizar alta do real em relação à moeda americana, que foi influenciada por indicadores dos Estados Unidos

A cotação do dólar frente ao real caiu, na quinta-feira, 3 de julho, ao menor patamar desde junho de 2024.
A queda é consequência direta da aprovação da “One Big Beautiful Bill” de Donald Trump, nos Estados Unidos, e da divulgação de dados do mercado de trabalho americano, mas os petistas aproveitam para fingir que isso se trata de algum mérito do governo Lula.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que “nada resiste ao trabalho” ao compartilhar o título de uma reportagem sobre o desempenho dos mercados na quinta.
A ministra de relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (foto), foi ainda mais direta ao reivindicar os méritos pela queda do dólar e a alta no Ibovespa, o principal índice da B3, bolsa de valores de São Paulo.
"A semana vai terminando com o dólar a R$ 5,40, menor valor em mais de um ano, e a bolsa batendo novo recorde, de 140.927 pontos. Nada a ver com os cenários catastrofistas que lemos nos editoriais dos grandes jornais. Tudo a ver com o trabalho sério do governo Lula para reconstruir a economia e a confiança no país; atraindo investimentos, gerando emprego e renda e fazendo o país voltar a crescer. Agora, temos de focar na justiça tributária. Quem ganha muito e paga pouco ou quase nada tem de contribuir mais para o país, para que o povo trabalhador pague menos impostos", escreveu Gleisi em seu perfil no X.
Fake news?
Defensores contumazes da regulação das rede sociais, sob o argumento de que querem combater fake news, os petistas tentam enrolar a população com um discurso de "justiça tributária" enquanto buscam aumentar impostos para bancar a gastança do governo Lula.
Ao contrário do que diz Gleisi, o governo Lula não está reconstruindo a economia ou restaurando a confiança no Brasil. E é exatamente porque o petistas não estão fazendo isso que o Banco Central elevou para 15% ao ano a taxa básica de juros, o maior patamar em 19 anos.
Como destacou O Antagonista, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cobra reformas estruturais do governo Lula desde agosto de 2023, e continuou fazendo isso mesmo depois de Gabriel Galípolo assumir a instituição, por indicação de Lula, em 1º de janeiro.
A Selic alta, contribui, inclusive, para essa queda na cotação do dólar celebrada agora pelos petistas.
Enquanto os Estados Unidos trabalham com perspectiva de queda nos juros neste ano, no Brasil a taxa básica deve permanecer alta pelo menos até o início de 2026, o que leva os investidores a alocar seus recursos para cá, empurrando o dólar para baixo.
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