Milei exige libertação de militar sequestrado pela ditadura de Maduro
Ao lado de Lula, presidente argentino expôs violações de direitos humanos cometidas pelo regime aliado do petista

O presidente da Argentina, Javier Milei, voltou a exigir a libertação do militar argentino Nahuel Agustín Gallo, sequestrado pelo regime venezuelano em dezembro do ano passado.
A afirmação foi feita ao lado do presidente Lula (PT), aliado do ditador Nicolás Maduro, durante abertura da reunião de cúpula do Mercosul nesta quinta, 3.
"Tampouco podemos fazer vista grossa com os numerosos casos de detenções ilegais na Venezuela. Se tratam de pessoas privadas de sua liberdade e a violação de qualquer tipo de direito e exigimos a libertação. Em particular, reiteramos nossa firme reclamação pela liberação imediata do guarda argentino Nahuel Gallo. Tal como disse, no começo buscamos aceitar desde o diálogo as engrenagens deste corpo, entendendo o diálogo como um ponto de partida para alcançar objetivos subsequentes e não um fim em si mesmo", disse Milei.
Em 8 de dezembro, as forças de Maduro prenderam Nahuel Gallo sob acusação de espionagem.
De férias, Gallo viajava à Venezuela para visitar a esposa e o filho, que moram no país, e acabou detido.
Alegação do regime
Segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, o militar foi preso por “tentar entrar irregularmente na Venezuela” e por “fazer parte de um grupo ligado à extrema direita internacional”.
O número 2 de Maduro, Diosdo Cabello, chegou a dizer que Nahuel Gallo foi preso por espionagem.
Por semanas, os familiares do argentino ficaram sem informações sobre o seu paradeiro.
TPI
Em janeiro, a Argentina denunciou o sequestro de Gallo ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Em comunicado, o governo argentino classificou o a prisão ilegal do policial como “grave e flagrante violação de direitos humanos”:
“Padrão sistemático de crimes contra a humanidade, que estão sendo cometidos na República Bolivariana da Venezuela“, diz trecho da denúncia.
E seguiu:
“O governo argentino continuará a utilizar todos os recursos legais e diplomáticos para garantir os direitos do cidadão Nahuel Gallo, proteger os direitos humanos e exigir justiça internacional“, concluiu.
A Comissão Intermericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), emitiu medidas cautelares, exigindo que a Venezuela informe sobre sua localização, permita assistência consular e acesso a advogado, destacando risco à vida.
O regime, então, divulgou imagens de Gallo em uma prisão.
Desde janeiro, contudo, a família do militar não sabe onde ele está.
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