Pesquisa indica católicos à frente de evangélicos na Câmara
Segundo o levantamento Genial/Quaest, 53% dos deputados disseram ser católicos, ante 27% de protestantes

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 2, indica que há mais deputados federais católicos do que evangélicos.
Segundo o levantamento, 53% disseram ser católicos, enquanto 27% afirmaram ser protestantes e 8% responderam não ter religião.
Apenas 2% têm outra religião.
Bancada Evangélica e o presidente Lula
Quando foi eleito presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP) afirmou ao Estadão haver um "desconforto natural na sociedade" quanto ao presidente Lula.
“As pessoas estão perdendo a esperança, e a gente quer levar um pouco de esperança”, continuou o parlamentar.
“O pai que já não consegue mais comprar o pão, a mãe não consegue mais, com a mesma tranquilidade, cuidar dos filhos. Você tem uma desagregação muito grande na sociedade. A economia gera tudo”, disse o líder da bancada evangélica, lembrando a Lula que essa insatisfação está mais acentuada entre os evangélicos.
“Você pega, por exemplo, 10 mil pessoas que moram em um bairro. Mil delas vão se encontrar numa igreja no domingo à noite ou no sábado à noite. Você tem um ponto de encontro, onde elas se falam, trocam mensagens. Qualquer desajuste espalha muito rapidamente”, comentou o deputado.
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Reprovação
Lula vem tentando sem sucesso, desde o início do governo, se aproximar do eleitorado evangélico.
Em todas as pesquisas de avaliação do governo Lula, o pior desempenho do petista está no eleitorado evangélico.
Segundo o Datafolha, a desaprovação ao governo Lula entre os evangélicos chegou a 49% em abril deste ano — o maior índice desde o início do terceiro mandato do presidente. A aprovação entre os fiéis é de apenas 19%. No auge, em outubro de 2024, o índice positivo foi de 30%.
O petista já reconheceu a dificuldade de comunicação com o público evangélico.
Em discurso feito no fim de 2023 durante evento do partido, disse que é preciso “aprender a narrativa” para conversar com esse eleitorado.
“Se fosse fácil, colocava a Benedita, que é a mais linda evangélica deste país, para resolver nossos problemas. Mas não é uma questão individual”, afirmou na ocasião.
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