Kim e os soldados mortos na Ucrânia
Ditador da Coreia do Norte foi visto cobrindo com bandeiras os caixões de soldados mortos durante o apoio à invasão russa na Ucrânia

Ao celebrar o primeiro aniversário do pacto militar da Coreia do Norte com a Rússia, o ditador Kim Jong-un protagonizou uma rara admissão da perda de soldados na invasão russa à Ucrânia.
Em uma série de fotografias exibidas em um evento em Pyongyang, com direito a participação da ministra russa da Cultura da Rússia, Olga Lyubimova, Kim foi visto cobrindo os caixões de soldados com bandeiras e apoiando brevemente as mãos sobre eles.
Também foram apresentadas imagens de soldados norte-coreanos e russos agitando suas bandeiras com mensagens escritas em coreano.
Segundo a agência norte-coreana KCNA, a apresentação foi recebida com entusiasmo por inspirar confiança nos "laços de amizade e na genuína obrigação internacionalista entre os povos e exércitos dos dois países, que foram forjados à custa de sangue".
Com olhos marejados, Kim assistiu ao vídeo ao lado de Lyubimova.
"Narrativa de vitória"
À agência de notícias sul-coreana Yonhap, o pesquisador do Instituto Coreano para Unificação Nacional, Hong Min, afirmou que a cerimônia faz parte de uma "narrativa de vitória" de Pyongyang e Moscou.
"A Coreia do Norte provavelmente queria enquadrar os soldados mortos não apenas como sacrifícios, mas como parte de uma 'narrativa de vitória'", disse.
"A filmagem parece ter sido divulgada depois que os dois países reconheceram o envio de tropas e declararam a operação Kursk um sucesso", acrescentou.
O pacto
A Coreia do Norte e a Rússia assinaram em junho de 2024 um pacto de "ajuda militar imediata" recíproca no caso de um ataque contra qualquer um dos dois países.
Como mostramos, o líder norte-coreano enviou soldados à Rússia e à zona fronteiriça da Ucrânia para apoio.
Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, pelo menos 10 mil militares norte-coreanos foram lutar na guerra iniciada por Putin.
O tratado também compromete a Rússia e a Coreia do Norte a cooperar internacionalmente para se oporem às sanções ocidentais e coordenarem as suas posições na ONU.
O ditador russo Vladimir Putin classificou o acordo como um “documento revolucionário”.
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