O sequestrador de Washington Olivetto e o terrorismo de esquerda no Chile
O Brasil extraditou na terça-feira, 20, o terrorista chileno Mauricio Hernández Norambuena, o Comandante Ramiro (foto), que participou do sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001. Norambuena, que integrou a Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), braço armado do Partido Comunista do Chile, estava sendo solicitado em seu país porque fugiu da prisão em 1996. Ele cumpria pena por ter...
O Brasil extraditou na terça-feira, 20, o terrorista chileno Mauricio Hernández Norambuena, o Comandante Ramiro (foto), que participou do sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001.
Norambuena, que integrou a Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), braço armado do Partido Comunista do Chile, estava sendo solicitado em seu país porque fugiu da prisão em 1996. Ele cumpria pena por ter assassinato do senador Jaime Guzmán, fundador do partido União Democrática Independente (UDI), e por ter sequestrado Cristián Edwards, herdeiro do jornal El Mercurio. Os dois crimes ocorreram em 1991, um ano após o fim da ditadura de Augusto Pinochet.
"A intenção da FPMR e de Norambuena não era a de lutar contra Augusto Pinochet. Muitas vezes eles atacaram civis inocentes. Chegaram até mesmo a sequestrar crianças. O objetivo deles era, antes de mais nada, semear o terror e validar a violência política como ferramenta legítima da esquerda", diz o pesquisador chileno Benjamín Cofré Lagos, da Fundação Jaime Guzmán, em Santiago. "Norambuena e seus colegas usaram o terror contra a população para dar a um grupo armado uma razão de existir. Eles queriam desestabilizar a democracia. Em qualquer parte do mundo isso se chama terrorismo."
Segundo Lagos, após a volta da democracia, em 1990, a FPMR não encontrou um lugar para sua violência política no processo pacífico que se desenrolava. "Até mesmo o Partido Comunista chileno, que criou a FPMR como seu braço armado, deixou de apoiá-la porque seus integrantes não estavam compreendendo o novo cenário político", diz Lagos.
A Fundação Jaime Guzmán, cuja sede é em Santiago, foi criada em 1991 para homenagear o senador assassinado. "Até hoje, Guzmán é considerado um dos políticos mais importantes da nossa história republicana. Ele fundou o movimento universitário com a maior tradição no Chile e fundou o partido político mais importante da atual direita no Chile, a UDI", diz Lagos. "O assassinato de Jaime Guzmán foi uma tentativa de romper a paz social e de retornar à violência."
Na terça-feira, 20, o ministro da Justiça, Sergio Moro, comentou sobre a extradição de Norambuena no Twitter: "Mais um criminoso que se foi. Extraditado com autorização do STF, foi entregue nessa madrugada ao Chile para cumprir as penas, comutada a perpétua para 30 anos, as quais foi condenado naquele país. Brasil não é refúgio para criminosos."
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Comentários (10)
luizantonio-rj
2019-08-25 18:41:11Aquele stf, pocilga nefasta, exigir comutação de pena porque não existe perpétua no Brasil é uma afronta ao Chile. Espero que deem um bela banana ao nosso stf vadio
André
2019-08-24 20:37:07Será que tem jeito de extraditar pro inferno nosso comunistas?
Ricardo GF
2019-08-24 14:53:45Próximos na lista de deportação: "Jose" e "Cretino". Assim o Brasil respirará melhor.
Rui
2019-08-24 11:24:12Já foi tarde!
Elcir
2019-08-24 10:59:46Parabéns Moro.
Carlos
2019-08-24 10:08:43igual aos daqui os vermelhinhos esgoto da humanidade
Joséf
2019-08-23 23:37:58Cara azarado. Se fosse no Brasil teria entrado na lei de anistia. Iria receber pensão e seria um dos heróis da esquerda.
Máxima
2019-08-23 20:43:44É isso aí, Ministro Sérgio Moro!
Carlos
2019-08-23 20:09:02Bandidos estrangeiros pensarão duas vezes antes de pensarem em fugir para o Brasil. Já era tempo...
José
2019-08-23 19:19:29Em apenas 8 meses Moro já nos livrou da vergonha de abrigarmos criminosos que só estavam aqui pela cumplicidade também criminosa de Lulla e seguidores. Parabéns ao Ministro!