Hamas manda palestinos não aceitarem comida de Israel

O Ministério do Interior e Segurança Nacional da Faixa de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, publicou na segunda, 26, uma mensagem em árabe na rede X dizendo para os palestinos não aceitarem comida enviada por Israel.

No texto, o governo israelense é chamado de "ocupação".

"O mecanismo israelense criado para a distribuição de ajuda em Gaza é completamente inaceitável, e apelamos ao nosso povo para que não responda a ele, pois a ocupação usará a distribuição de ajuda no âmbito do trabalho de segurança e inteligência sob a cobertura da 'Fundação Gaza', financiada por Israel", escreveram os terroristas.

A "Fundação Gaza", no caso, é Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma entidade criada em fevereiro com apoio dos governos israelense e americano para assumir as operações de ajuda no território palestino.

O Hamas também disse que a GHF é um "fardo e perigo para os cidadãos".

"Qualquer um que cooperar com a ocupação na imposição de sua agenda pagará o preço, e tomaremos as medidas necessárias contra ele", ameaçou o Hamas.

Fundação Humanitária Gaza

A sede da entidade fica em Genebra, na Suíça.

A GHF conta com seguranças privados americanos e está tentando estabelecer postos para entregar comida.

Cada um poderia atender cerca de 300 mil pessoas.

Dois desses centros de distribuição começaram a operar na terça, 27.

O objetivo é entregar os alimentos e remédios diretamente aos palestinos, sem permitir que o grupo terrorista Hamas atue como intermediário.

O Hamas, contudo, preferia que a ONU assumisse essa função.

"A ocupação exclui deliberadamente o papel de instituições internacionais especializadas com longa experiência na distribuição de ajuda e possui estruturas e ferramentas prontas para entregar ajuda àqueles que a merecem de uma forma que preserve sua dignidade, e provou sua eficácia durante os meses anteriores da guerra de extermínio", diz a mensagem do Ministério.

"Ao controlar a distribuição de ajuda, a ocupação busca substituir a ordem pelo caos, adotar uma política de engendrar a fome de civis palestinos e usar alimentos como arma em tempos de guerra", diz a mensagem.