Um grupo de trabalho EUA-Turquia na Síria
Países querem garantir estabilidade da região, após queda do regime de Bashar Assad

O Departamento de Estado americano anunciou a criação de um grupo de trabalho com a Turquia para a estabilização da Síria.
Em comunicado, a secretaria chefiada por Marco Rubio afirmou que os países "estão comprometidos em aumentar a cooperação e a coordenação em termos de estabilidade e segurança" no região.
"As delegações discutiram prioridades compartilhadas na Síria, incluindo o alívio das sanções, de acordo com as diretrizes do presidente Trump, e o combate ao terrorismo em todas as suas formas e manifestações. Os Estados Unidos e a Turquia compartilham uma visão para uma Síria estável e em paz consigo mesma e com seus vizinhos, o que também permitirá que milhões de sírios deslocados retornem para casa", diz trecho do comunicado, após uma nova rodada de conversas em Washington.
O colegiado foi instaurado após o presidente Donald Trump anunciar o fim das sanções econômicas sobre o país sírio.
Uma das preocupações do governo americano é impedir o ressurgimento do Estado Islâmico (Isis), que foi derrotado pelo regime de Assad durante a guerra civil de 2015.
"Os Estados Unidos e a Turquia reconhecem a importância de manter a integridade territorial da Síria. Uma Síria estável e unida, que não ofereça um refúgio seguro para organizações terroristas, apoiará a segurança e a prosperidade regionais", concluiu o Departamento de Estado.
Como em todas as suas negociações, Trump fez cinco exigências a Sharaa.
A Síria deve: assinar os Acordos de Abraão com Israel, expulsar os terroristas da Síria, deportar combatentes palestinos, ajudar os Estados Unidos a impedir o recrudescimento do Estado Islâmico (Isis) e assumir os centros de detenções onde há terroristas presos.
Erdogan e Sharaa
O governo turco, de Recep Tayipp Erdogan, foi o principal financiador da insurgência do Hay'at Tahrir al-Sham (HTS) contra o regime de Assad em dezembro do ano passado.
Desde então, os turcos buscam ampliar sua presença estratégica sobre o novo governo da Síria.
A relação entre Erdogan e o presidente sírio, Ahmed Sharaa, é próxima.
Os Estados Unidos, então, contam com a presença turca no país para evitar novos conflitos.
Leia mais: "De terno e sem fuzil"
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)