"Nada vai acontecer até Trump estar à mesa com Putin"
Para Rubio, apenas a participação direta do republicano com o ditador russo pode destravar as negociações

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que as negociações de paz na guerra da Ucrânia não avançarão sem o envolvimento pessoal de Donald Trump com o ditador Vladimir Putin.
"Nada acontecerá até que o presidente Trump se sente à mesa com [Vladimir] Putin e coloque tudo em jogo. Eu acho que é a única chance de termos paz nesse momento. Dado o que vimos nas últimas semanas... tiveram conversas, tiveram negociações, viagens e encontros.
Mas, no fim, eu acho que a gente chegou a uma conclusão bem clara, já que o presidente disse que a única maneira de isso acontecer, se houver uma chance, é com o presidente se envolvendo diretamente com Vladimir Putin.
Então, ainda não sei a data ou local, mas essa é a única chance nesse momento. E acho que há muitos países que também compartilham desse entendimento", disse, em entrevista à Fox News.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de um desfecho diplomático para a guerra, Rubio afirmou que Trump deseja "ver mais construções e menos bombardeios".
"Ele é um amante da paz. Ele deseja gastar todo o dinheiro não nas forças armadas, mas na criação de riqueza, prosperidade e desenvolvimento humano", acrescentou.
Sem Putin
Em Istambul, representantes da Rússia e Ucrânia se reuniram para negociações de paz nesta sexta, 16.
O encontro contou com os principais negociadores da Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky.
Do lado russo, porém, o ditador Vladimir Putin enviou apenas o seu "terceiro escalão".
Ele não foi pessoalmente.
Zelensky lamenta
Em publicação no X, Zelensky disse que estava pronto para se encontrar pessoalmente com Putin na Turquia.
"Esta semana, tivemos uma chance real de avançar para o fim da guerra — se Putin não tivesse tido medo de vir à Turquia. Eu estava lá, pronto para uma reunião direta com ele para resolver todas as questões-chave. Ele não concordou com nada", escreveu.
Para Zelensky, a prioridade da Ucrânia é o cessar-fogo incondicional e "total" para "interromper a matança".
No entanto, ele criticou o nível da delegação russa presente nas negociações.
"Todos perceberam que a delegação russa em Istambul era de nível muito baixo. Nenhum deles era realmente alguém que tomasse decisões na Rússia. Mesmo assim, enviei nossa equipe, liderada pelo Ministro da Defesa da Ucrânia, para pelo menos descobrir se aqueles russos realmente tinham condições de decidir alguma coisa", acrescentou Zelensky.
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