Primeira emenda ao projeto da previdência dos militares é de Isidório
A comissão especial da reforma da previdência dos militares se reúne na tarde desta terça-feira, 20, para definir o plano de trabalho, escolher os três vice-presidentes e votar requerimentos para a realização de audiências públicas. A primeira emenda apresentada ao projeto foi do deputado Pastor Sargento Isidório (foto). O deputado do Avante da Bahia quer...
A comissão especial da reforma da previdência dos militares se reúne na tarde desta terça-feira, 20, para definir o plano de trabalho, escolher os três vice-presidentes e votar requerimentos para a realização de audiências públicas.
A primeira emenda apresentada ao projeto foi do deputado Pastor Sargento Isidório (foto). O deputado do Avante da Bahia quer estender o alcance de toda a proposta para todos os policiais e bombeiros militares.
O projeto aumenta, dos atuais 30 para 35 anos, o tempo de trabalho necessário para que os integrantes das Forças Armadas possam pedir os benefícios. Na transição, cria pedágio de 17% do que faltar para os que estão em atividade. Segundo o texto, os benefícios corresponderão ao último salário e serão corrigidos como na ativa.
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Comentários (10)
Uirá
2019-08-18 22:03:56Diante do cenário atual não faz muito sentido se refutar o discurso ou as exigências que venham da área de segurança pública. Sobretudo devido à PM, que é quem sai de casa para tomar tiro na rua e ser morta pelos criminosos que são protegidos exatamente pelos corruptos do Congresso e do judiciário, agora é hora daqueles que tornam a vida deles em um inferno fingirem algum "humanismo" e tentarem compensar as vidas sacrificadas em decorrência da corrupção deles.
Uirá
2019-08-18 22:00:26Os efeitos nocivos da corrupção se dão em todos os âmbitos, ela distorce a realidade de tal maneira que a sociedade acaba sendo incapaz de operar de forma minimamente funcional e eficiente. O tempo que deveria ser gasta gerando e criando riqueza é gasto para sustentar e corrigir os danos causados por quem não trabalha e só quer sabotar. E é exatamente por isto que a reforma é o mínimo, ela não é questão de desenvolvimento, mas de sobrevivência e manutenção da sociedade em seu nível mais básico.
Uirá
2019-08-18 21:56:52Por outro lado, a corrupção, a precariedade e as maçãs podres que predominam dentro da área só servem para desmoralizar aqueles que realmente fazem o esforço e o sacrifício. O cidadão que é maltratado por um policial, que é assaltado, que sofre com a violência não vai tb colocar isto na balança na hora de avaliar se os profissionais da área de segurança pública merecem um tratamento mais leve em relação às regras da aposentadoria.
Uirá
2019-08-18 21:54:34A questão de quais benefícios ou condições que os militares venham a receber é só parte de um problema que é complexo de uma profissão que é extremamente peculiar em relação ao restante do mercado de trabalho. O profissional da segurança pública que se dedica realmente ao trabalho que faz é um herói, ao trabalhar ele já está aceitando fazer um sacrifício que o restante da sociedade não precisa fazer, é difícil dizer que eles não deveriam ter um tratamento especial.
Uirá
2019-08-18 21:50:50Não há um ponto de equilíbrio ideal, mas mais uma vez, a questão principal é demonstrar como o debate sobre a aposentadoria dos militares é na verdade só parte de um problema que é muito mais complexo. Se a intenção do Brasil é se desenvolver, então é necessário começar a se pensar em cenários mais complexos e se desenhar soluções que não sejam meros paliativos. A reforma realmente é só a primeira condição para que se saia desta situação de precariedade e primitivismo que impera no Brasil.
Uirá
2019-08-18 21:46:21A dinâmica de um mercado de trabalho baseado em um sociedade tecnologicamente desenvolvida e avançada deveria ser de se reduzir cada vez mais os trabalhadores alocados em atividades de caráter manual, tanto para se reduzir esta distância que se cria com relação ao trabalhador em atividades de caráter mais intelectual, quanto para permitir a estes profissionais que tenham acesso a uma renda maior (menos gente = mais demanda por profissionais e melhores salários).
Uirá
2019-08-18 21:40:57É mais do que óbvio que o ser humano apresenta um pico de vigor físico e depois disto sua capacidade física só decairá. Em termos práticos, em qualquer atividade na qual a compleição física e a habilidade manual são um diferencial, o tempo de vida útil do trabalhador é menor do que em profissões de caráter mais intelectual. Além disto, a flexibilidade e capacidade de adaptação do profissional às mudanças no mercado de trabalho é menor para as atividades de caráter manual.
Uirá
2019-08-18 21:37:06O aumento da expectativa de vida e o ritmo acelerado de desenvolvimento tecnológico impõem desafios quanto à situação das profissões no futuro. Carreiras e atividades que exigem aprendizado contínuo naturalmente forçam o profissional da área a se reciclar e atualizar para não ficar obsoleto. No sentido inverso, trabalho de caráter essencialmente físico e manual não impõe demandas maiores de aprendizado, o trabalhador apenas repete uma determinada sequência ou processo.
Uirá
2019-08-18 21:32:42Mesmo que fosse realizada uma reforma substancial, ela ainda seria aquém do que pode ser e ainda estaria sendo utilizada para corrigir distorções que não tem nada a ver com idade de aposentadoria. Se for aprovada uma reforma e depois as coisas forem se normalizando com a volta da corrupção endêmica, o Brasil vai continuar na mesma. Sem se ter um quadro de ataque direto à corrupção, é praticamente impossível se tentar desvincular os riscos e a precariedade da profissão do debate sobre a reforma.
Uirá
2019-08-18 21:25:34O que a aprovação da reforma na Câmara fez foi provar que ela foi assimilada por todos, ou seja, o limite de até onde a corda pode ser esticada e do sacrifício que pode ser exigido depende só da extensão da corrupção que porventura vier a ser exposta. A reforma da classe da segurança pública é mais sensível devido às condições especiais da atividade, mas é mais agravada pela questão das más condições de trabalho e da violência que aumentam o risco.