Erika Hilton governadora de São Paulo?
Deputada federal do Psol aparece bem posicionada em todos os cenários em que seu nome foi consultado para uma futura disputa pelo governo de São Paulo

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP, foto) dificilmente vai ver aprovada sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pelo fim da escala de trabalho 6x1, mas o barulho feito em torno da questão parece estar dando conta de torná-la mais conhecida.
Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira, 6, indica a deputada bem posicionada em todos os cenários em que seu nome foi consultado em uma futura disputa pelo governo de São Paulo.
Hilton, que é uma mulher trans, manifestou interesse, em março, de disputar o Palácio dos Bandeirantes, mas disse que "é um debate incipiente" e "conversas ainda precisam ser feitas".
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Os números
A deputada federal aparece em terceiro lugar em todos os cenários em que foi considerada. A pesquisa consultou 1.700 eleitores em 85 municípios paulistas de 1º a 4 de maio. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Hilton tem 9,4% das intenções de votos contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos, 42,1%) e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB, 21,1%).
Com Márcio França (PSB) no lugar de Alckmin, Hilton aparece com 9,7%, atrás de Tarcísio (46,5%) e do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (11,9%).
Em um terceiro cenário, Hilton tem 10,1%, atrás do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que lidera com 29,5%, à frente de França, que aparece com 16,2%.
A deputada também aparece em terceiro lugar, com 10,7% — mas em empate técnico com o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos, 11,7%) —, em cenário liderado por França (20,6%).
Lady Gaga
Hilton liderou uma manifestação pelo fim da escala de trabalho 6x1 no Dia do Trabalhador em São Paulo, em 1º de maio. E justificou a baixa adesão mencionando o show de Lady Gaga no Rio de Janeiro, que ocorreria dois dias depois.
Apesar de ter algum apelo popular, a PEC do fim da escala de seis dias trabalhados para um folgado não tem viabilidade política, e projetos parecidos já foram apresentados várias vezes, sem sucesso.
Hilton conseguiu agitar o assunto nas redes sociais, contudo, e animou até o presidente Lula a se engajar na causa. Pressionado pela perda de popularidade, o petista incluiu o assunto em seu pronunciamento em cadeia de rádio e televisão por ocasião do 1º de Maio.
A pesquisa sobre a corrida eleitoral em São Paulo divulgada nesta terça reforça a impressão de que, por mais que não passe de uma iniciativa populista, a PEC do fim do 6x1 tem desempenhado seu papel de propaganda para os políticos que a defendem.
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Comentários (1)
MARCOS
2025-05-06 12:56:35NÃO ACREDITO QUE O PAULISTA SEJA TÃO BURRO PARA VOTAR NESSA POLÍTICA.