Dia do Trabalhador palestino em Cuba?
Ao lado de Raúl Castro, o ditador Miguel Díaz-Canel compareceu ao ato de 1º de Maio com um lenço inspirado no keffiyeh palestino

Apesar da crise econômica e das tensões com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos, o ditador cubano Miguel Díaz-Canel transformou o ato do Dia do Trabalhador, em Havana, em um ato político contra a ofensiva militar israelense em Gaza.
Ao lado de Raúl Castro (foto), irmão de Fidel Castro, Díaz-Canel compareceu ao ato de 1º de Maio com um lenço inspirado no keffiyeh palestino, com padrão 'rede de peixe' e a bandeira palestina nas pontas.
Embora seja utilizado no Oriente Médio desde a Antiguidade, o keffiyeh palestino tem sido comumente utilizado como um símbolo de protesto contra Israel e de apoio ao Hamas.
Ao convocar os cubanos para o ato em 29 de abril, o ditador já havia ecoado o grupo terrorista ao falar em "genocídio".
"Vamos marchar em primeiro lugar mostrando a força da unidade. Pela nossa independência e pelos nossos sonhos de justiça. Contra o bloqueio e contra o retorno do fascismo. Contra o genocídio em Gaza e contra os genocídios silenciosos causados pelo mar de injustiças que ameaçam nossa espécie."
Miguel Díaz-Canel reverbera o antissemitismo de esquerda da região.
"Trata-se de uma postura que não leva em conta a humanidade das vítimas quando elas são judias e, nesse sentido, podem ser caracterizadas como antissemitas", disse o advogado brasileiro Fernando Lottenberg, comissário da Organização dos Estados Americanos, a OEA, para monitoramento e combate ao antissemitismo a Crusoé.
Cuba tem problemas maiores para resolver
Enquanto a ditadura cubana tenta demonstrar apoio popular, o governo Trump prepara novas sanções a Havana.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, prometeu "ser duro" com Cuba.
Mauricio Claver-Carone, enviado especial dos EUA para a América Latina, disse recentemente que acreditava que uma mudança de governo em Cuba poderia ser iminente.
Durante seu primeiro governo, Trump impôs novas sanções ao país comunista, interrompendo muitas medidas de aproximação tomadas pelo democrata Barack Obama.
A economia cubana encolheu mais de 15% nos últimos cinco anos.
A ditadura culpa os Estados Unidos pelo declínio, sem olhar para as consequências da economia centralizada e do intervencionismo estatal.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-05-03 14:06:08Esses "lencinhos" em breve estarão nos DCEs das nossas Universidades públicas. Os papais dos alunos, que não sabem de nada, acabarão pagando para que seus tenham o prazer de adquirir esses maravilhosos complementos estéticos para as vestimentas.