Justiça boliviana anula ordem de captura contra Evo Morales
Ministério Público havia ordenado prisão do cocalero por abuso de uma menor de idade

A juíza penal Lilian Moreno anulou a ordem de captura contra o ex-presidente boliviano Evo Morales nesta quarta-feira, 30.
"Fica sem efeito qualquer mandado de rebeldia e ordem judicial de apreensão", decidiu.
No ano passado, o Ministério Público ordenou a prisão do cocalero por abuso de uma menor durante seu mandato.
Morales foi acusado de ter tido um filho com uma adolescente em 2017.
Ela tinha entre 14 e 16 anos na ocasião.
Com medo de ser preso, o ex-presidente não sai da região do Trópico de Cochabamba desde outubro do ano passado.
Ele conta com a proteção de plantadores de coca, base de sua influência política e sindical.
Filiação
O ex-presidente Evo Morales afirmou que se filiará ao partido Frente para la Victoria (FPV);
Segundo o cocalero, a intenção é concorrer pelo novo grupo como “candidato único” à Presidência na eleição de 17 de agosto, após ter perdido a liderança histórica de quase 30 anos no partido Movimento ao Socialismo (MAS).
“Já temos partido para participar das eleições deste ano. Com a Frente para a Vitória venceremos novamente as eleições nacionais. Quero que saibam que não há condições, tudo aqui é para salvar a Bolívia”, disse Morales aos seus apoiadores em Cochabamba.
No acordo assinado com o FPV, o cocalero escolheria em outro momento o candidato à vice.
Segundo o líder do partido, Eliseo Rodríguez, Morales representa os valores do FPV.
A justiça boliviana, contudo, já determinou que o ex-presidente está proibido de participar da corrida eleitoral.
Em novembro do ano passado, Morales deixou de ser presidente do MAS desde que a ala apoiadora do atual presidente da Bolívia, Luis Arce, elegeu Grover García como líder do partido governista.
O Tribunal Eleitoral da Bolívia reconheceu García como novo chefe do MAS.
Na ocasião, o ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa declarou que Morales “não tem direito constitucional de ser candidato".
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