Cessar-fogo maroto de Putin é para garantir a festa
Ditador russo quer garantir que nada aconteça de errado em celebração do Dia da Vitória, que contará com presença de Lula

O ditador russo Vladimir Putin (na foto, com Lula em 2004) anunciou nesta segunda-feira, 28, um cessar-fogo na guerra da Ucrânia entre os dias 8 e 10 de maio.
A data não é por acaso.
Nesses três dias, a Rússia vai comemorar o 80º aniversário do Dia da Vitória, que lembra a derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
O ditador está preparando uma festa com chefes de governo estrangeiros, incluindo o presidente Lula, e não quer que um drone ou um míssil atrapalhe sua celebração.
Considerações humanitárias
Putin ainda teve a cara de pau de anunciar no canal de Telegram que o cessar-fogo seria por "considerações humanitárias".
Se realmente tivesse considerações humanitárias, Putin nunca teria começado a guerra, a qual ele pode acabar a qualquer momento.
Putin quer mostrar aos russos e ao mundo que não está isolado, apesar das sanções econômicas impostas pelo Ocidente.
Além disso, quer passar a mensagem de que a guerra não tem atrapalhado o seu país, e que portanto não vale a pena lutar contra o expansionismo russo.
Para alcançar esses objetivos, Putin precisa contar com a presença do maior possível de chefes de governo e de Estado na sua parada militar.
Lula confirmou presença na semana passada.
Se a visita se confirmar, será a primeira vez que um presidente brasileiro viaja para um país em plena guerra.
Declarações desastradas
Desde o início da invasão russa na Ucrânia, o brasileiro tem dado seguidas declarações favoráveis a Putin e criticando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Quando ainda era candidato, Lula disse em entrevista para a revista Time que Zelensky "quis a guerra".
"Eu não conheço o presidente da Ucrânia. Agora, o comportamento dele [Zelensky] é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo. Ou seja, ele aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação", disse Lula.
"Ele quis a guerra. Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais. É assim", afirmou Lula.
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Comentários (1)
Antonio
2025-04-28 12:09:05As declarações são muito, muito constrangedoras.