Por que Trump está chamando Zelensky de ditador?
Casa Branca questiona legitimidade do presidente ucraniano, que segue no comando do país devido a Lei Marcial
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como um "ditador".
"Um ditador sem eleições, Zelensky é melhor agir rápido ou ele não vai ter mais um país. Enquanto isso, estamos negociando com sucesso o fim da guerra com a Rússia", publicou na sua rede social Truth Social.
O bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), se uniu ao republicano e fez um desafio ao presidente da Ucrânia.
Musk afirmou que Zelensky teme ser derrotado em novas eleições, pois, segundo ele, "não tem aprovação popular".
"Se Zelensky fosse realmente amado pelo povo da Ucrânia, ele realizaria uma eleição", publicou o CEO da Tesla.
Aproximando-se do ditador russo Vladmir Putin, cujo país invadiu a Ucrânia, os integrantes do governo Trump alinharam discurso para questionar a legitimidade de Zelensky e escanteá-lo nas negociações sobre o fim do conflito.
Lei Marcial
Em 2019, Zelensky foi eleito para um mandato de cinco anos com previsão de término para maio do ano passado.
A invasão russa e a instauração da Lei Marcial ucraniana, contudo, impediram que o país realizasse um novo pleito.
De acordo com a legislação da Ucrânia, a Lei Marcial proíbe eleições presidenciais.
Por essa razão, Zelensky permanece no cargo.
Para Kiev, a prioridade é vencer a guerra e impedir o avanço russo.
Minérios
Nesta semana, o presidente ucraniano rejeitou uma proposta dos EUA de US$ 500 bilhões em riquezas minerais de seu país.
A Casa Branca argumenta que os esforços empreendidos na guerra em favor da Ucrânia deveriam ser pagos com minério.
"Você não pode chamar isso de 500 bilhões e nos pedir para devolver 500 bilhões em minerais", afirmou Zelensky.
A resposta do Kremlin irritou o presidente Donald Trump.
Afinidade com Putin
Em abril do ano passado, o então candidato a vice-presidente, JD Vance, encampou o discurso da ala trumpista contra o financiamento americano à Ucrânia no combate à invasão russa.
"O governo Biden não tem um plano viável para que os ucranianos vençam essa guerra. O quanto mais cedo os americanos se confrontem com essa verdade, mais cedo poderemos consertar essa bagunça e trabalhar pela paz", disse.
Ao The New York Times, Vance criticou a gestão do então presidente Joe Biden de não negociar com Putin.
"Isso é um absurdo", afirmou.
A afinidade pessoal entre Trump e Putin, herança do primeiro mandato do republicano, também já foi observada nos primeiros 30 dias da nova gestão à frente da Casa Branca.
Ignorando Zelensky, integrantes do governo americano se reuniram com membros do Kremlin em Riad, na Arábia Saudita, para negociar o fim da guerra.
Trump elogiou Putin e afirmou que vão "trabalhar juntos" em busca da solução.
Os países europeus, pressionados pelos EUA para ampliarem os investimentos em defesa, rejeitaram a hipótese de descartar Zelensky da mesa de negociações.
Nesta semana, líderes das principais nações se reuniram para demostrar apoio ao presidente ucraniano.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2025-02-21 15:10:15Por dois motivos, por ter perdido o pouco juízo que tinha e por dizem TRUMP NÃO TREPA e queijo de testosterona no cérebro inverte tudo e faz um estrago lascado ... 'tadinha da cumadi Mekânia.