Cumplicidade de Barroso vira pesadelo de relações públicas para o STF
Ao ser conivente com Moraes, Barroso suja a imagem da Corte que preside
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Ao assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal em setembro de 2023, Luís Roberto Barroso (na foto), iniciou uma campanha para melhorar a imagem da Corte perante a opinião pública.
Recentemente, Barroso reclamou que as pesquisas têm sido injustas com a Corte, falou que o tribunal não faz ativismo e disse que os seus custos não são assim tão altos.
Mas nada disso terá qualquer efeito diante da cumplicidade de Barroso com os abusos de seu colega de toga Alexandre de Moraes.
Ao permitir que Moraes atue sem freios, Barroso faz um desserviço à imagem do tribunal, que acaba de receber a visita da Relatoria Especial de Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a CIDH.
Foto com e sem Alexandre de Moraes
No encontro que Barroso teve com o relator da CIDH, Pedro Vaca, nesta terça, 11, o presidente do STF convidou Alexandre de Moraes.
Curiosamente, Barroso fez duas fotos posadas. Em uma delas, ele aparece ao lado de Pedro Vaca e Alexandre de Moraes (abaixo).
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Na outra imagem, que abre esta nota, Moraes não aparece.
Mas o fato é que não dá para apagar o que Moraes tem feito no Inquérito das Fake News.
Mar agitado
Na condição de presidente do STF, Barroso poderia ter encerrado o Inquérito das Fake News, uma vez que a investigação teve como base o artigo 43 do regimento interno do tribunal.
"Ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição, ou delegará esta atribuição a outro ministro", diz o regimento interno.
Mas Barroso se absteve de tomar a decisão de dar um basta à investigação interminável.
Além disso, ele apoiou a prorrogação do Inquérito das Fake News no final do ano passado.
A investigação já dura mais de cinco anos, sem qualquer conclusão à vista.
“O Inquérito das Fake News se prolongou porque os eventos foram se sucedendo. Vamos ter um mar ainda um pouco agitado ao longo do próximo ano”, disse Barroso em dezembro do ano passado.
O mar de fato ficou mais agitado, mas não do jeito que Barroso estava prevendo.
Ao ser conivente com Moraes, Barroso tem sujado a imagem da Corte que ele próprio preside.
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Comentários (2)
Joaquim Arino Durán
2025-02-11 17:26:33O tema da Revisão da Vida Toda é emblemático.
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2025-02-11 16:29:21Não há no tribunal quem não tenha sido, ao menos, conivente com o ativismo, autoritarismo e/ou garantismo da corte.