Premiê da Groenlândia tem uma má notícia para Trump
"Não queremos ser americanos. Também não queremos ser dinamarqueses", disse Mute Egede
Apesar do interesse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede (à esquerda na foto), voltou a dizer nesta terça-feira, 21, que o território autônomo da Dinamarca não deseja se tornar um território americano.
"Nós somos groenlandeses. Não queremos ser americanos. Também não queremos ser dinamarqueses. O futuro da Groenlândia será decidido pela Groenlândia", afirmou o premiê em entrevista coletiva.
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O interesse de Trump
Em dezembro de 2024, Trump afirmou na Truth Social, sua rede social, que a Groenlândia é "um lugar incrível". Ele também disse que "as pessoas irão se beneficiar tremendamente se – e quando – [o território] se tornar parte da nossa nação".
Questionado sobre o território em 7 de janeiro, o republicano não descartou uma ação militar para assumir o controle da Groenlândia.
"Posso dizer o seguinte: precisamos deles [Canal do Panamá e Groenlândia] por motivos de segurança econômica. Não vou me comprometer com isso [descartar a ação militar]. Pode ser que tenhamos que fazer alguma coisa", afirmou.
No mesmo dia, Donald Trump Jr., o filho mais velho de Trump, viajou à ilha em caráter não oficial.
Após a posse, o presidente americano disse que eventualmente "acompanharia" os planos dinamarqueses para a Groenlândia.
"Tenho certeza de que a Dinamarca concordaria. Está custando muito dinheiro a eles para mantê-la [a Groenlândia]", acrescentou.
Embora seja um território autônomo, mais da metade do orçamento da Groenlândia vem da Dinamarca.
A riqueza mineral da Groenlândia
Um recente mapeamento das riquezas minerais da Groenlândia, publicado em meados de 2023 pelo Geological Survey of Denmark and Greenland, estimou que o território de 400 mil km2 da ilha atualmente não cobertos por gelo possui depósitos moderados ou altos de 38 minerais da lista de materiais críticos elaborada pela Comissão Europeia.
Além de aparentes altas concentrações de cobre, grafite, nióbio, titânio e ródio, estariam ali também grandes depósitos das chamadas terras raras, como o neodymium e o praseodymium, cujas características magnéticas peculiares os tornam fundamentais na fabricação de motores de veículos elétricos e de turbinas eólicas.
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